Somando à denúncia que a representante dos trabalhadores no Conselho de Administração do Banco do Brasil, Juliana Públio Donato, encaminhou ofício ao colegiado solicitando esclarecimentos sobre a operação de investimento de R$ 5 bilhões do BB em debêntures emitidas pela NCF Participações, empresa controlada por acionistas do Bradesco, a UNAMIBB escreveu à Presidente Dilma e ao Conselho do BB, através da Juliana, o Ofício de 6/1 requerendo explicações e pedindo pela suspensão da operação. Assim como o mercado, a UNAMIBB entende a emissão de debênture como injustificada estratégia de reforço do capital do Bradesco.
Belo Horizonte (DF), 06 de janeiro de 2016
À
Sua Exa.
Dr. Dilma Roussef
Presidente da República Federativa do Brasil
gabineteagenda@presidencia.gov.br
C/c Exmo. Sr. Nelson Henrique Barbosa Filho
Ministro de Estado da Fazenda
secretarias.df.gmf@fazenda.gov.br
C/c Sra. Juliana Donato
Membro do Conselho de Administração do Banco do Brasil
julianacls@yahoo.com.br
Excelentíssima Sra. Presidente,
Assunto: “Banco do Brasil compra R$ 5 bilhões em
debêntures de sócios do Bradesco”
Conforme notícia veiculada no Jornal O ESTADO DE SÃO PAULO, de 06/01/2016, o Banco do Brasil, Instituição Financeira Pública Federal, teria comprado R$ 5 bilhões em debêntures de sócios do Bradesco, para ajudar àquela Instituição Financeira Privada, a levantar recursos para comprar o Banco HSBC do Brasil.
Causa perplexidade saber que enquanto o funcionalismo do Banco do Brasil, ativo e aposentado, está vivenciando a angústia de ver sua Caixa de Assistência (CASSI), naufragar em déficits sucessivos sem que o Banco do Brasil se disponha a fazer os aportes necessários e suficientes para cobrir tais prejuízos, venha se envolver em operação tão volumosa e absolutamente distante da sua histórica missão de espírito público, banco de fomento e o maior parceiro do Governo na promoção de suas políticas sociais. Inegavelmente, o funcionalismo do Banco do Brasil, ativo e aposentado, é o construtor dessa trajetória e historicamente, o maior patrimônio do BB.
Segundo a mesma reportagem, o Bradesco teria tentado, antes, levantar recursos para a compra do HSBC através de um novo aumento de Capital. Como a operação não obteve sucesso procurou vender as debêntures através da NCF Participações, empresa controlada por acionistas do Bradesco.
Ainda conforme analistas ouvidos pelo Jornal O ESTADO DE SÃO PAULO, a taxa de 108% do CDI é muito baixa para uma captação de prazo de cinco anos, provavelmente, por essa razão, o mercado não teria absorvido a maior parte dos títulos emitidos pela NCF Participações.
Para a surpresa de seus acionistas minoritários – e, com toda certeza, para surpresa de V.Exa. -, O Banco do Brasil comprou R$ 5 bilhões em debêntures da NCF Participações, para ajudar o Bradesco, última empresa a necessitar de recursos de uma Instituição Financeira Pública Federal, para ajudar àquela Instituição Financeira Privada a comprar o HSBC.
Além disso, o atual Presidente do Conselho de Administração do Banco do Brasil é o Dr. Tarcísio Godoy, ex-executivo do Bradesco, o que torna essa operação com retorno duvidoso ainda mais suspeita.
Assim sendo e no sentido de contribuir para a boa gestão dos recursos públicos, solicitamos os préstimos de V.Exa. no sentido de determinar a suspensão e investigação da operação supra.
Belo Horizonte (DF), 06 de janeiro de 2016
À
Sua Exa.
Dr. Dilma Roussef
Presidente da República Federativa do Brasil
gabineteagenda@presidencia.gov.br
C/c Exmo. Sr. Nelson Henrique Barbosa Filho
Ministro de Estado da Fazenda
secretarias.df.gmf@fazenda.gov.br
C/c Sra. Juliana Donato
Membro do Conselho de Administração do Banco do Brasil
julianacls@yahoo.com.br
Excelentíssima Sra. Presidente,
Assunto: “Banco do Brasil compra R$ 5 bilhões em
debêntures de sócios do Bradesco”
Conforme notícia veiculada no Jornal O ESTADO DE SÃO PAULO, de 06/01/2016, o Banco do Brasil, Instituição Financeira Pública Federal, teria comprado R$ 5 bilhões em debêntures de sócios do Bradesco, para ajudar àquela Instituição Financeira Privada, a levantar recursos para comprar o Banco HSBC do Brasil.
Causa perplexidade saber que enquanto o funcionalismo do Banco do Brasil, ativo e aposentado, está vivenciando a angústia de ver sua Caixa de Assistência (CASSI), naufragar em déficits sucessivos sem que o Banco do Brasil se disponha a fazer os aportes necessários e suficientes para cobrir tais prejuízos, venha se envolver em operação tão volumosa e absolutamente distante da sua histórica missão de espírito público, banco de fomento e o maior parceiro do Governo na promoção de suas políticas sociais. Inegavelmente, o funcionalismo do Banco do Brasil, ativo e aposentado, é o construtor dessa trajetória e historicamente, o maior patrimônio do BB.
Segundo a mesma reportagem, o Bradesco teria tentado, antes, levantar recursos para a compra do HSBC através de um novo aumento de Capital. Como a operação não obteve sucesso procurou vender as debêntures através da NCF Participações, empresa controlada por acionistas do Bradesco.
Ainda conforme analistas ouvidos pelo Jornal O ESTADO DE SÃO PAULO, a taxa de 108% do CDI é muito baixa para uma captação de prazo de cinco anos, provavelmente, por essa razão, o mercado não teria absorvido a maior parte dos títulos emitidos pela NCF Participações.
Para a surpresa de seus acionistas minoritários – e, com toda certeza, para surpresa de V.Exa. -, O Banco do Brasil comprou R$ 5 bilhões em debêntures da NCF Participações, para ajudar o Bradesco, última empresa a necessitar de recursos de uma Instituição Financeira Pública Federal, para ajudar àquela Instituição Financeira Privada a comprar o HSBC.
Além disso, o atual Presidente do Conselho de Administração do Banco do Brasil é o Dr. Tarcísio Godoy, ex-executivo do Bradesco, o que torna essa operação com retorno duvidoso ainda mais suspeita.
Assim sendo e no sentido de contribuir para a boa gestão dos recursos públicos, solicitamos os préstimos de V.Exa. no sentido de determinar a suspensão e investigação da operação supra.
Altair de Castro Pereira
Presidente
Isa Musa de Noronha
Vice Presidente
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