26 maio, 2016

Entre o ruim e o pior

Colegas e amigos

Infelizmente, fomos fadados a ter que "escolher" entre o muito ruim e o pior. No governo anterior, nossas estatais e respectivos fundos de pensão privados foram arruinadas pelo roubo de seus recursos, dissimulado por todas as formas de corrupção, enriquecendo ilicitamente grandes empresas privadas, políticos e caixa dois de partidos políticos, mesmo rendo em conta que comiam as próprias entranhas. Para evitar a oficialização da quebradeira, aquele governo abriu à participação de capitais privados, os mesmos que ideologicamente são execrados por ele.

Não faltou interesse da parte de canadenses e chineses, e até coreanos e árabes. O BB também estava a caminho, e agora, pela notícia abaixo, neste governo instalado, o fato se concretiza, envolvendo nossas estatais estratégicas.

Na ponta da linha, para nós da PREVI, com o BB privatizado, estaremos sendo encaminhados para um desvio sem saída, bloqueado por uma barreira do tempo que nos consumirá aos poucos. Sim, o governo anterior nos consumiria, assim como o atual nos consumirá, é apenas uma questão de curto tempo. Para tentar não perder nossos direitos e manter as obrigações do nosso algoz patrão, precisamos fazer resistência por todos os meios possíveis e impossíveis, em todas as esferas legais.

Na notícia abaixo, o que está em vermelho são minhas considerações sobre o assunto.

Roberto Abdian



Fim de fundo soberano derruba as ações do BB
25/05/2016
CORREIO BRAZILIENSE - DF
ECONOMIA
Jornalista(s): » SIMONE KAFRUNI

 O anúncio da extinção do Fundo Soberano do Brasil (FSB), criado no governo de Luiz Inácio Lula da Silva como destino para os recursos do pré-sal, derrubou as ações do Banco do Brasil (BB), no qual está investida grande parte do patrimônio. (dois coelhos como uma só cajadada. Na Petrobras, abrem espaço para a necessidade de capital privado,estrangeiro, é claro, e aplainando o caminho para atrair interesses privados, derrubam o valor do BB. É claro que será privatizado o que é rentável, os micos ficam por nossa conta)

 Depois que o presidente interino, Michel Temer, afirmou que os R$ 2 bilhões do fundo voltariam ao Tesouro para cobrir o endividamento público, (afinal, o que representam R$2 bilhões ante os R$160 bilhões constatados como buraco no Tesouro? A título de mensuração, pasmem, lembremos que a Res.26 tirou de nós, na PREVI, R$7,5 bilhões !!) os papéis do BB caíram à mínima do dia e registraram a maior queda da Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa), com desvalorização de 5,37%. (abrindo caminho para a privatização. Extremamente convidativo para a investida de capital privado). Para evitar um derretimento ainda maior dos ativos, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, interveio em seguida, garantindo que a venda das ações do fundo será observada "com cuidado para evitar movimento artificial no mercado". (é blá, blá, blá. A disposição do dr. Meirelles é vender)

 O objetivo da medida é levantar o maior volume possível de recursos para a União. "O Fundo Soberano foi criado na época do pré-sal e visava constituir um fundo muito significativo. Em fato das mais variadas circunstâncias, hoje o patrimônio está paralisado em R$ 2 bilhões. Vamos extinguir e trazer esses R$ 2 bilhões para cobrir o endividamento público", afirmou o presidente Temer.

Minutos depois, Meirelles tentou acalmar o mercado. "Não há dúvida de que qualquer processo de venda de ativos tem que levar em conta a questão dos preços e da demanda. A venda das ações do BB no Fundo vai ser cuidadosamente avaliada para não criar movimentos bruscos. Não há dúvida de que vai fazer parte de uma estratégia cuidadosa e que será detalhada no devido tempo. Vamos fazer a apuração do maior volume de recursos públicos possíveis sem deprimir preços", destacou. (mais blá blá blá)

Em nota, a Fazenda explicou que o FSB constitui receita primária, antes da conta de juros; portanto, impacta direta e positivamente o resultado primário. "Nos próximos anos, o resgate das cotas será feito à medida que as condições de mercado o permitirem, sempre com o objetivo de maximizar a receita oriunda da venda dos ativos."

Conforme dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o fundo detinha 105 milhões de ações do BB em carteira em fevereiro, somando R$ 2,3 bilhões. Considerando o preço de fechamento da véspera dos papéis, o valor é de aproximadamente R$ 1,8 bilhão. Para o Credit Suisse, isso representa oito dias de negociação.

Neil Shearing, economista-chefe para mercados emergentes da companhia de pesquisas macroeconômicas Capital Markets, ressaltou que o fim do fundo não é tão significativo. "Foi um resultado acidental e é pequeno", destacou. (estes, como aqueles, sabem das coisas)

Na avaliação de André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, acabar com o fundo soberano é uma decisão lógica. "Não tinha mais função", resumiu.

A opinião é compartilhada por Carlos Thadeu de Freitas Gomes, economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC) e ex-diretor do Banco Central. "O fundo não tem um efeito maior na recuperação da confiança, não gera credibilidade. Mas também não faz sentido mantê-lo. Foi criado há anos na expectativa de que gerasse receita do pré-sal, o que é uma ideia incompatível hoje com o deficit primário", ressaltou.


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