Caros leitores,
Estão pensando que é só Aldemir Bendine e os caciques que dirigem a PREVI que podem se dar ao luxo de ser personagens das páginas de escândalo da internet? Com certeza não. Vejam que bela reportagem abaixo com um protegido de Lula.
E podem esperar que certamente há de aparecer muito mais escândalos.
Leopoldina Corrêa
A reportagem de ISTOÉ entrou na penitenciária de Modena, na Itália, onde o condenado pelo mensalão está preso, e descobriu por que Henrique Pizzolato tem feito de tudo para permanecer por lá: a estrutura lembra a de um hotel quatro-estrelas
                         
        
         
         
                                         
                            Estão pensando que é só Aldemir Bendine e os caciques que dirigem a PREVI que podem se dar ao luxo de ser personagens das páginas de escândalo da internet? Com certeza não. Vejam que bela reportagem abaixo com um protegido de Lula.
E podem esperar que certamente há de aparecer muito mais escândalos.
Leopoldina Corrêa
A reportagem de ISTOÉ entrou na penitenciária de Modena, na Itália, onde o condenado pelo mensalão está preso, e descobriu por que Henrique Pizzolato tem feito de tudo para permanecer por lá: a estrutura lembra a de um hotel quatro-estrelas
Desde 
fevereiro, o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique 
Pizzolato encontra-se preso na penitenciária Sant’Anna localizada em 
Modena, na Itália. Mas o condenado no processo do mensalão a 12 anos e 
sete meses de detenção não tem muito do que reclamar da sorte. Claro que
 viver encarcerado não faz parte do sonho dourado de ninguém, mas 
pode-se dizer que, até agora, a fuga do Brasil tramada por ele em 
setembro de 2013 tem compensado – e muito. Na segunda-feira 18, a 
reportagem de ISTOÉ entrou na penitenciária onde Pizzolato aguarda preso
 a conclusão do processo de extradição movido pelas autoridades 
brasileiras. Em quase quatro horas de visita ao local, foi possível 
conferir as instalações, as celas, as áreas de lazer e banhos de sol, a 
cozinha e até setores destinados aos filhos dos detentos. Considerando a
 situação dos presídios brasileiros, é incontestável que o ex-dirigente 
do Banco do Brasil poderia estar numa pior se tivesse sido detido em seu
 País de origem, como os demais condenados no mensalão. O local prioriza
 a ressocialização e o bem-estar dos detentos e lembra mais um hotel 
quatro-estrelas do que propriamente um presídio como estamos acostumados
 a ver no Brasil. Os agentes penitenciários nem cacetetes podem usar. As
 armas ficam depositadas numa sala localizada na entrada no prédio 
principal. 

Diariamente, os presos, Pizzolato incluído,
 caminham livremente por alas pintadas com cores pastel como o 
rosa-salmão e o verde-claro. Das 8h30 às 19h, o condenado no mensalão – 
considerado pelos agentes uma pessoa “pacata” e que “não causa 
problemas” – pode entrar e sair das celas, caminhar pelos corredores, ir
 à lavanderia e estender roupa, além de frequentar a sala de convivência
 quantas vezes quiser.  Tudo é controlado por câmeras. Na entrada de 
cada ala, há uma guarita onde os agentes penitenciários, através de nove
 monitores, conseguem observar os presos o tempo todo. As celas ainda 
são dotadas de interfones por meio dos quais, a qualquer momento, os 
detentos podem falar com os agentes em serviço.  Chamam a atenção a 
limpeza e a ordem desses espaços comuns. Segundo Rosa Alba Casella, 
diretora do presídio, esse método de vigilância, inspirado no modelo 
espanhol, foi adotado por alguns cárceres italianos a partir do ano 
passado. “É um novo modo de vigiar que trabalha em benefício tanto do 
agente quanto do detento. O conceito de vida dentro das celas é 
invertido. O detento assume as suas responsabilidades no interior da 
estrutura, reaprende a conviver e estar com o outro e a cela passa a ser
 somente um lugar para o descanso e o repouso”.
 TRANQUILIDADE
TRANQUILIDADEDas 8h30 da manhã às 19h, o condenado pelo mensalão pode entrar
e sair das celas, caminhar pelos corredores, ir à lavanderia e estender
roupa, além de frequentar a sala de convivência quantas vezes quiser
Na carcerária de Sant’Anna, Pizzolato e os 
demais detentos têm acesso a quatro horas por dia na área externa, 
dedicadas ao famoso banho de sol: duas horas na parte da manhã e duas na
 tarde. Pensando no bem-estar dos filhos dos detentos, que porventura 
possam visitá-los, foram construídas recentemente duas brinquedotecas 
com livros, brinquedos, móveis infantis, desenhos nas paredes e até 
carrinhos de neném. Uma verdadeira creche. E de bom padrão. No jardim 
externo há até um escorregador.  “Fazemos de tudo para que a experiência
 do cárcere seja o menos traumática possível para a criança. Ela deve 
ser preservada”, diz Casella.

Há um generoso espaço verde ao redor de 
todo o complexo transformado em horta onde trabalham pelo menos 100 
presos, num sistema de rodízio, com a supervisão de um agrônomo. Ali são
 plantados tomates, cenouras, pepinos, maçãs, peras e berinjelas que são
 vendidas em uma rede de supermercados local. Os presos são responsáveis
 por tudo: da plantação à colheita e até a confecção dos alimentos. Não 
por esses serviços – que servem para abater as penas –, mas na 
penitenciária de Pizzolato, em Modena, os presos podem até receber 
dinheiro de fora. O valor é depositado numa conta bancária do presídio 
em nome do detento. Este, por sua vez, recebe uma espécie de carnê com 
cupons – no valor equivalente ao dinheiro depositado – que ele pode usar
 para comprar bens de consumo como cigarros e algumas comidas. Aos 
agentes cabem recolher as encomendas e os cupons de pagamento e, no 
final do dia, fazer a entrega dos produtos que são comprados no armazém 
situados no interior da estrutura. Ao deixar a penitenciária, o preso 
recebe em dinheiro vivo a quantia que eventualmente restar na conta. Não
 se sabe se Pizzolato teria algum dinheiro guardado em sua conta pessoal
 no Sant’Anna. Apesar dos questionamentos de ISTOÉ, os diretores da 
instituição alegaram que não poderiam fornecer esse tipo de informação 
sobre Henrique Pizzolato ou qualquer outro detento.

Atualmente, o presídio de Modena abriga 381
 detentos, dos quais 236 estrangeiros e 145 italianos. O presídio também
 conta com uma ala feminina, onde estão 27 mulheres.  São nove alas no 
total: seis no pavilhão velho e três no pavilhão novo.  O velho, onde se
 encontra Pizzolato, tem celas de 9m2 destinadas a duas pessoas e é 
ocupado por quem está aguardando julgamento.  O pavilhão novo é 
destinado aos que foram condenados de forma definitiva. Nessa ala, as 
celas são maiores – medem 16m2 e abrigam até quatro pessoas – e bem 
iluminadas, graças às enormes janelas amarelas. Em comum, entre todas as
 celas, são os banheiros internos, com ducha com água quente, privada e 
pia. Além de armários, mesa e cadeiras, uma para cada um dos presos.  Um
 dos (raros) defeitos do local é a falta de autorização para visita 
íntima. Mas trata-se de uma regra do País. Segundo a diretora, a visita 
não está prevista na lei italiana. “Mas existem permissões de saídas em 
que o detento visita a família.”, ponderou Casella.

Um dos detentos mais ilustres da 
penitenciária de Sant’Anna, Pizzolato aguarda para outubro um parecer 
final sobre o pedido de extradição. Em abril deste ano, o Ministério 
Público italiano pediu que o governo brasileiro esclarecesse em qual 
presídio Henrique Pizzolato cumprirá a pena caso seja extraditado e se 
no País as instalações prisionais têm condições de garantir os direitos 
humanos do detento. A Justiça brasileira demorou tanto para dar uma 
resposta que a audiência do dia 5 de junho, que deveria julgar a 
extradição, foi adiada para daqui a dois meses por falta de informações,
 como comprova transcrição obtida com exclusividade pela ISTOÉ.  No 
final, o Brasil enviou dois relatórios: um sobre a penitenciária da 
Papuda, em Brasília, onde estavam presos os demais condenados do 
mensalão e outro sobre as penitenciárias de Curitibanos e do Vale do 
Itajaí, localizadas em Santa Catarina, região onde Pizzolato nasceu.  Os
 relatórios, também obtidos por ISTOÉ, mostram fotos de celas e 
ambientes vazios que não dão exatamente a ideia de como é o dia a dia 
dentro dessas estruturas carcerárias. Pizzolato, obviamente, torce para 
permanecer no presídio classe A de Modena. 
 
 
 
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