Camadas crescentes de brasileiros, de todas as faixas de renda, não suportam mais os métodos do petismo
A Apeoesp, o sindicato dos professores da rede oficial de ensino do
Estado de São Paulo, que tenta manter no muque uma greve à qual a
categoria se nega a aderir, teve a coragem de patrocinar na TV uma
campanha publicitária em que recomenda que os pais não levem seus filhos
à escola. É indecente. É asqueroso.
Que tipo de gente faz isso? Isabel "Bebel" Noronha, "presidenta", como
ela gosta, da entidade, é aquela senhora que anunciou, em 2010, em outra
greve malsucedida, que "quebraria a espinha" do então governador José
Serra (PSDB). Na sequência, participou de um ato em apoio à candidatura
de Dilma Rousseff (PT). A assembleia-fantasma da Apeoesp que aprovou a
paralisação neste ano ocorreu no dia 13 de março, na rua, em meio aos
"protestos a favor" do governo, sem que se pudesse saber quem era e quem
não era professor.
No programa "Os Pingos nos Is", da Jovem Pan, recebi um telefonema
indignado de dona Márcia Amaral. Tem seis filhos. É diarista. Estava
inconformada com a propaganda de Bebel, a burguesona do trabalho alheio
que pretende cassar dos pobres o direito à escola para que possa impor a
sua agenda na marra.
Na quarta, 30 grevistas invadiram a Diretoria
Regional de Ensino da mesma São Bernardo de onde Márcia me ligou. Dois
funcionários ficaram feridos.
É certo que os brasileiros estão descontentes com inflação de mais de
8%, juros de 12,75% ao ano, recessão em curso, estelionatos eleitorais
em penca... Tudo isso se reflete na baixíssima popularidade da
presidente e na voz nada surda das ruas que escancara o "Fora Dilma!",
como se ouvirá de novo no dia 12. Mas não são menos audíveis os gritos
de "Fora PT".
Há mais do que uma insatisfação com os insucessos da economia e com as
promessas que não foram nem serão cumpridas. O desconforto é mais fundo
do que a constatação do logro. Camadas crescentes de brasileiros, de
todas as faixas de renda, não suportam mais os métodos do petismo, de
seus satélites e de suas franjas, cometam eles crimes na Petrobras, no
campo, nas cidades ou nos sindicatos.
O PT e Lula estão mortos. O primeiro morreu como ente de razão
determinado a criar a hegemonia política; o segundo, como o demiurgo
dotado de uma sabedoria superior que ou fazia o download do divino ou
era, ele mesmo, a fonte primária da verdade.
Na terça passada, Lula participou de um ato "em defesa da Petrobras",
promovido por seu partido e entidades de esquerda. Resfolegante,
vociferava ser ele o mais indignado dos brasileiros. Depois de o PT
privatizar, a seu modo, a Petrobras e o Estado brasileiro, o homem quer
tomar para si até a indignação popular. Um vídeo circula por aí com um
trecho do seu discurso, que soou inverossímil até aos presentes. Na
primeira fila, enquanto ele fala, uma "companheira" de alto coturno
boceja e esfrega os olhos para espantar o sono. Ah, o tédio dos
aristocratas!
A receita dos petistas e de Lula para Dilma, em quem vive descendo o
sarrafo, para enfrentar o que chamam de "campanha do ódio" é se
aproximar ainda mais daqueles atores que se fingem de povo e saem por aí
carregando bandeira, o que corresponde a mandar às favas a maioria que
não carrega, como a diarista Márcia Amaral.
É possível que esteja vindo à luz um país virtuoso, capaz de cuidar de
si. Certo senhor ambicioso decretou: "Deus está morto". Sejamos mais
modestos: "Lula está morto".
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