6.mai.2016 - TCE-BA | ||
A ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, em foto tirada na Bahia em 2016 |
Existem os ministros insensatos, existem os ministros sem noção e existe
a ministra Luislinda Valois. Titular dos Direitos Humanos, ela
apresentou um pedido inusitado. Queria furar a regra do teto constitucional para acumular vencimentos e receber R$ 61,4 mil por mês.
Como ex-desembargadora, Luislinda tem direito a uma aposentadoria de R$
30,4 mil brutos, paga pelo Tribunal de Justiça da Bahia. O cargo que ela
ocupa no governo oferece salário de R$ 30,9 mil brutos.
A Constituição estabelece que nenhum servidor pode receber mais do que o
subsídio dos ministros do Supremo. Por isso, o contracheque da ministra
é mordido pelo chamado abate-teto. Nos últimos meses, o desconto foi de
R$ 27,6 mil.
Somando a fatia intocada do salário à generosa aposentadoria do
Judiciário, Luislinda ainda recebe R$ 33,7 mil brutos. É o suficiente
para garantir seu lugar no topo da pirâmide social brasileira. Segundo a
PNAD, o rendimento médio domiciliar no país é de R$ 1.226.
Mesmo assim, a ministra se considera desafortunada. No requerimento
revelado pelo jornal "O Estado de S. Paulo", ela se queixou do corte e
afirmou que sua situação "se assemelha ao trabalho escravo".
Filiada ao PSDB, Luislinda passou o Dia de Finados tentando defender o
indefensável. "O Brasil está sendo justo comigo?", questionou à Rádio
Gaúcha. "Como é que eu vou comer? Como é que vou beber? Como é que vou
calçar?", prosseguiu, em protesto contra o abate-teto.
À CBN a tucana argumentou que é obrigada a "se apresentar trajada
dignamente". "É cabelo, é maquiagem, é perfume, é roupa, é sapato, é
alimentação. Se eu não me alimentar, eu vou adoecer e aí vou dar
trabalho para o Estado", disse.
Num governo insensível às minorias, a ministra dos Direitos Humanos era
criticada por permanecer quase todo o tempo em silêncio. Pelo que se
ouviu no feriado, seria melhor que ela continuasse assim.
"Coitadinha" dessa ministra... só mesmo no Brasil, enquanto os trabalhadores passam por condições humilhantes de salários defasados, vem essa "ministra"se queixar de trabalho escravo. Isso é Direitos Humanos?
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