Prezado Jesus Guimarães.
Dia 23 de março deste ano de 2014. Ano de eleições importantes, com indicação de que será um deprimente vale-tudo entre interesses políticos ocultos nos bastidores das cúpulas do Congresso, nos gabinetes a portas fechadas, nos escritórios reservados dos grandes conglomerados nacionais e multinacionais. Ano de Copa do Mundo desafiando, não a seleção brasileira de futebol, mas as autoridades governamentais contra os cronogramas sabotados pelas chantagens das construtoras, escudadas pela libertinagem da imunidade propiciada pelos princípios do exercício de um capitalismo canibal imune a qualquer tipo de controle.
Estou no aeroporto de Brasília, aguardando a chamada de embarque, o que deverá acontecer com atraso devido ao mal tempo, mas isto não me incomoda. Estou com os olhos e a mente tomados por uma profunda curiosidade quase hipnótica que domina minha mente e me fascina. Tal como a infinita variedade e beleza das flores, árvores, frutos e pássaros que desfilam diante dos nossos olhos diariamente, assim vejo essa multidão de pessoas, transitando como correntes calmas em vários sentidos, algumas sérias, mas pacientes, sabem que não adianta ter pressa, outras alegres, sorrindo, arrastando suas malas sobre rodinhas e as crianças com seus passinhos curtos e apressados, atadas pelas mãos aos seus pais e mães, algumas dessas, com crianças pequenas nos seus braços protetores. Múltiplas faces, múltiplas expressões.
De onde vêm, para onde vão, que esperanças impulsionam suas vidas, quais suas frustrações, medos e angústias. O que de tão importante aquele executivo de terno escuro e gravata, dialoga ao celular ou movimenta no seu “tablet”. Reparando melhor, não só o executivo, muitos, embora isolados, com os olhos e os dedos ocupados com seus aparelhinhos em diálogo mudo e surdo, vez por outra desprendem um sorriso ou uma expressão de indignação, o que faz viajar a minha mente nas inúmeras hipóteses do que aquelas telinhas estão refletindo.
Um detalhe que me chamou a atenção, e que não se via em hipótese alguma nos aeroportos em tempos passados. Notei que estão presentes dentro dessa multidão, várias pessoas e casais de aparência humilde, despreocupados, camiseta e short de quem combate, chinelo tipo havaiana, com seus filhinhos bem cuidados e sorridentes, mochilas novas e pesadas às costas. É..., pensei comigo mesmo, viagem aérea agora está ao alcance dessas pessoas. Parece que as coisas estão melhorando.
Voltou-me a carga a indagação: de onde estão vindo e para onde estarão indo todas essas pessoas, o que fazem, em que lugar estarão amanhã, quais os motivos de suas expressões alegres ou taciturnas, quais são as esperanças que as impulsionam ou as contrariedades que as aborrecem e entristecem.
Lembrei-me então da sua magnífica crônica “Onisciência e Obicuidade”, publicada no seu blog e reproduzida no último Informativo da Afabb de Tupã.
Abraço
Roberto Abdian
Dia 23 de março deste ano de 2014. Ano de eleições importantes, com indicação de que será um deprimente vale-tudo entre interesses políticos ocultos nos bastidores das cúpulas do Congresso, nos gabinetes a portas fechadas, nos escritórios reservados dos grandes conglomerados nacionais e multinacionais. Ano de Copa do Mundo desafiando, não a seleção brasileira de futebol, mas as autoridades governamentais contra os cronogramas sabotados pelas chantagens das construtoras, escudadas pela libertinagem da imunidade propiciada pelos princípios do exercício de um capitalismo canibal imune a qualquer tipo de controle.
Estou no aeroporto de Brasília, aguardando a chamada de embarque, o que deverá acontecer com atraso devido ao mal tempo, mas isto não me incomoda. Estou com os olhos e a mente tomados por uma profunda curiosidade quase hipnótica que domina minha mente e me fascina. Tal como a infinita variedade e beleza das flores, árvores, frutos e pássaros que desfilam diante dos nossos olhos diariamente, assim vejo essa multidão de pessoas, transitando como correntes calmas em vários sentidos, algumas sérias, mas pacientes, sabem que não adianta ter pressa, outras alegres, sorrindo, arrastando suas malas sobre rodinhas e as crianças com seus passinhos curtos e apressados, atadas pelas mãos aos seus pais e mães, algumas dessas, com crianças pequenas nos seus braços protetores. Múltiplas faces, múltiplas expressões.
De onde vêm, para onde vão, que esperanças impulsionam suas vidas, quais suas frustrações, medos e angústias. O que de tão importante aquele executivo de terno escuro e gravata, dialoga ao celular ou movimenta no seu “tablet”. Reparando melhor, não só o executivo, muitos, embora isolados, com os olhos e os dedos ocupados com seus aparelhinhos em diálogo mudo e surdo, vez por outra desprendem um sorriso ou uma expressão de indignação, o que faz viajar a minha mente nas inúmeras hipóteses do que aquelas telinhas estão refletindo.
Um detalhe que me chamou a atenção, e que não se via em hipótese alguma nos aeroportos em tempos passados. Notei que estão presentes dentro dessa multidão, várias pessoas e casais de aparência humilde, despreocupados, camiseta e short de quem combate, chinelo tipo havaiana, com seus filhinhos bem cuidados e sorridentes, mochilas novas e pesadas às costas. É..., pensei comigo mesmo, viagem aérea agora está ao alcance dessas pessoas. Parece que as coisas estão melhorando.
Voltou-me a carga a indagação: de onde estão vindo e para onde estarão indo todas essas pessoas, o que fazem, em que lugar estarão amanhã, quais os motivos de suas expressões alegres ou taciturnas, quais são as esperanças que as impulsionam ou as contrariedades que as aborrecem e entristecem.
Lembrei-me então da sua magnífica crônica “Onisciência e Obicuidade”, publicada no seu blog e reproduzida no último Informativo da Afabb de Tupã.
Abraço
Roberto Abdian
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