30 janeiro, 2015

Cálculo de perda da estatal enfurece Dilma Rousseff

A presidente Dilma ficou, segundo assessores, "enfurecida" com o cálculo feito por consultorias independentes indicando a necessidade de dar uma baixa de R$ 88,6 bilhões em ativos da estatal. 

Na avaliação do Palácio do Planalto, o número foi calculado de forma "amadora" e colocou na mesma cesta ativos bons com outros contaminados pela corrupção investigada na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. 

O governo, aliás, preferia que o valor não fosse divulgado pelo conselho de administração da estatal, o que acabou acontecendo por pressão de conselheiros na reunião da terça-feira (27). 

Internamente, o governo classificou o cálculo como "rudimentar", feito de maneira "amadora", porque nem sequer usou projeções importantes da empresa para definição dos valores. 

Para o governo, a divulgação acabou criando a imagem de que os ativos da estatal precisam ser baixados não só por causa de corrupção mas também por incompetência administrativa. 


Alejandro Bolívar/Efe
A presidente Dilma Rousseff na Costa Rica
A presidente Dilma Rousseff (PT) na Costa Rica

A presidente Dilma chegou a telefonar para Graça, em um diálogo "duríssimo", segundo seus assessores, em que cobrou explicações sobre os critérios usados. 

A estimativa de R$ 88,6 bilhões só chegou ao conhecimento do governo no dia da reunião do conselho, quando também foi a primeira vez em que os conselheiros receberam os dados. 

Os conselheiros consideraram que seria uma "temeridade" dar a baixa do valor total contido no relatório elaborado por consultorias independentes porque levaria a um corte em ativos bons no balanço da estatal. 

O Planalto não queria a divulgação dos R$ 88,6 bilhões, mas o conselho considerou que o número acabaria vazando e a situação poderia ficar pior, levantando a suspeita de que o órgão estaria escondendo dados.

As ações da empresa recuaram 11,2% na quarta-feira, após a divulgação do balanço do terceiro trimestre de 2014 com dois meses de atraso e sem descontar as perdas causadas por corrupção.

Nesta quinta-feira (29), houve queda de 3,1% nos papéis da estatal. 

CONSELHO PARALISADO
 
Reflexo da reunião, conselheiros da Petrobras ouvidos reservadamente pela Folha dizem que o conselho está perdendo as condições para tomar decisões e que Dilma deveria alterar sua composição o mais rápido possível. 

Segundo um conselheiro, a reunião mostrou que o conselho está "praticamente paralisado", acrescentando que "ninguém tem coragem de tomar uma decisãozinha qualquer que possa representar risco jurídico pela frente". 

Em sua avaliação, a direção atual da presidente Graça Foster também está desgastada, totalmente refém do processo da Lava Jato. 

PLANO
 
No Palácio do Planalto, a avaliação é que a situação do balanço acabou por desmontar a estratégia de dar "um mínimo de governança" para a empresa. 

O plano passava pela troca do conselho de administração, que traria nomes fortes, da confiança do mercado (nomes como Henrique Meirelles foram cogitados), para blindar a atual gestão e garantir a continuidade de Graça no cargo. 

Diante de uma gestão nitidamente mais transparente e rígida, a empresa conseguiria estancar a crise, dando uma sobrevida para a permanência da presidente da estatal, que, em um ano ou pouco mais, poderia ser substituída sem causar tanto ruído. 

O novo episódio, no entanto, reforçou sua fragilidade diante da estatal e fez apressar o debate interno do governo por novos nomes para sua substituição, ainda que não haja previsões para a troca. 


Enfurecidos ficamos nós, governanta, com sua incompetência e irresponsbilidade!

29 janeiro, 2015

E no dia em que a Petrobras divulgou o mais desastroso balanço de sua história nos últimos 50 anos, o Diário Oficial da União circulou com decretos assinados pela presidente Dilma Rousseff criando o Dia Nacional do Milho, o Dia Nacional do Técnico Agrícola, o Dia Nacional da Parteira Tradicional e o Dia Nacional da Vigilância Sanitária. A parteira não tradicional talvez venha a merecer seu dia.

Em seguida, Dilma embarcou para a Costa Rica onde se celebra a III Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos. Em discurso maçante, alertou seus colegas para a crise econômica mundial, algo que certamente escapava ao conhecimento deles. E elogiou seu próprio governo, como de hábito. Sim, falou do programa Minha Casa, Minha Vida.

Quanto à manutenção à frente da Petrobras da atual diretoria nomeada por ela, Dilma não disse uma única palavra. Nem os jornalistas tiveram a chance de perguntar a respeito. A última vez que a presidente conversou com eles foi às vésperas do Natal do ano passado. Desde então ela os evita para escapar a perguntas embaraçosas. As perguntas se acumulam.

Somente ontem, com a queda de mais de dez pontos percentuais no valor de suas ações, a Petrobras encolheu quase R$ 14 bilhões. Lula se elegeu, se reelegeu e elegeu Dilma dizendo que a oposição, mais precisamente o PSDB de Fernando Henrique Cardoso, planejava privatizar a Petrobras caso voltasse ao poder. O PT fez diferente: afundou a Petrobras. E a tudo assistimos desinteressados.

A direção da empresa emitiu dois poderosos sinais negativos para o mercado. Não consegue calcular o valor dos ativos da Petrobras. Nem o valor do estrago produzido pela corrupção. Um balanço assim é tudo menos um balanço que mereça crédito. De resto, é um balanço que não foi auditado por técnicos independentes. Que crédito merece a palavra da atual diretoria da Petrobras?

Ela já deveria ter sido demitida há muito tempo. Não foi e dificilmente será porque Graça Foster, a presidente da Petrobras, é amiga querida de Dilma. Que precisa dela dentro da empresa para evitar que algo venha a atingi-la no futuro. Ou a Lula. Graça é militante de carteirinha do PT. Carrega três estrelas tatuadas em um dos seus antebraços, duas pintadas de vermelho.

A redução anunciada de investimentos da empresa para este ano, somada à redução de investimentos das 23 empreiteiras envolvidas com a Operação Lavo-Jato, poderá representar uma contração de quase dois pontos percentuais na economia do país. Quem pagará uma conta monstruosa como essa? Ora, cada um de nós. O Estado é o maior acionista da Petrobras. Somos nós que o mantemos.
O otário (Foto: Arquivo Google)O otário (Imagem: Arquivo Google)


AOS QUE NÃO TÊM CAFÉ NO BULE

     Volta e meia a ANAPLAB, uma das mais sérias associações do Brasil, é criticada por esta ou aquela medida tomada. Agora mesmo, o motivo das pedras é que "prejudicamos" o líquido da margem consignável na PREVI.

 

De pronto, a bem da verdade, é bom saber que não fomos os pioneiros nesta ação. Para quem não sabe, o seu custo é demasiado elevado, quase mil reais por ação, com o agravante de ser obrigação coincidir os credores para que possa haver mais de um litigante por grupo. Não raro, sai somente grupos de um único pleiteante, sendo o mesmo custo para cada grupo. Além da necessidade de um rigoroso cálculo prévio dos valores para que chegue na justiça com mais chances de vitória. Tudo custa bastante, porém, como na ANAPLAB tudo é feito em benefício do associado e como garantimos o que prometemos no Estatuto, bem diferente de outras que vivem do associado, e não para o associado, fazemos tudo com muito amor e carinho.

     Destarte, é compreensível que nos atirem pedras, pois assim se procede com a árvore que dá frutos e prospera. Como dizia um amigo meu na ativa, o Renê Antonio da Silva: "A inveja come solta!"

     Vamos continuar com esta ação, agora mais do que nunca. Cada dia aumenta a procura por ela e novos sócios se somam aos demais felizardos. Venham todos! Sejam sempre bem-vindos!



AÇÃO 30% CONSIGNADO - CONTRA OS CREDORES FORA DA LEI. UM PRESENTE PARA VOCÊ, CARO ASSOCIADO. E EM FEVEREIRO COMEÇAM OS SORTEIOS MENSAIS DE MIL REAIS. ANAPLAB - FAZENDO MAIS POR MENOS.

Crimes da Lava Jato desviaram ao menos R$ 2,1 bilhões da Petrobras

Escândalo na Petrobras

Balanço divulgado pelo MPF (Ministério Público Federal) sobre a operação Lava Jato revela desvios de R$ 2,1 bilhões da Petrobras. O valor refere-se somente aos crimes já denunciados. Caso novas denúncias sejam apresentadas à Justiça, o montante pode aumentar. 

As informações constam num site criado especificamente para a Lava Jato, que narra a história da operação, indica o caminho para que internautas acessem as peças dos processos na Justiça do Paraná e fornece um endereço de e-mail para o envio de novas denúncias sobre o caso. 

De acordo com o site, 232 empresas e 150 pessoas estão sob investigação das autoridades. Foram firmados 12 acordos de delação premiada e 18 acusações criminais foram feitas contra 86 pessoas pelos crimes de corrupção, tráfico internacional de drogas, formação de organização criminosa, lavagem de ativos, crimes contra o sistema financeiro nacional, entre outros. 

O site também destaca que R$ 450 milhões já foram recuperados e há R$ 200 milhões em bens dos réus bloqueados pela Justiça para o ressarcimento de danos e pagamento de multas no caso de futuras condenações. 

Idealizado pelo Ministério Público Federal no Paraná e desenvolvido pela Procuradoria-Geral da República, o site (www.lavajato.mpf.mp.br ) diz que "a operação Lava Jato é a maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro que o Brasil já teve", envolvendo grandes empreiteiras, doleiros, funcionários da Petrobras e políticos. 

O prejuízo à Petrobras com os crimes investigados deve aumentar. O procurador federal Deltan Dallagnol, integrante da chamada "força-tarefa" da Operação Lava Jato, disse ao jornal "O Globo" que o rombo pode passar de R$ 5 bilhões apenas na área de Abastecimento. 

"Não podemos esquecer que houve corrupção já comprovada também na área internacional, o que pode elevar a estimativa", disse. 


Reprodução/lavajato.mpf.mp.br
Detalhe do site que o Ministério Público Federal criou sobre a Operação Lava Jato
Detalhe do site que o Ministério Público Federal criou sobre a Operação Lava Jato
 
REFORÇO NA COMUNICAÇÃO
 
Com a proximidade da reabertura dos trabalhos do STF (Supremo Tribunal Federal), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, resolveu reforçar a divulgação de ações do Ministério Público Federal e criou um Centro de Comunicação Integrada. 

Ele contará, a partir da semana que vem, com quatro procuradores e seis profissionais de comunicação. Além da Lava Jato, a equipe trabalhará para identificar e divulgar a atuação do MPF nas diversas regiões do país, tanto nas capitais quanto nos municípios do interior. 


Cerveró, ex-diretor da Petrobras, chegou a ter R$ 630 mil em espécie



Preso no último dia 14 em decorrência da Operação Lava Jato sob suspeita de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras, o ex-diretor da área internacional da estatal Nestor Cerveró, 63, chegou a guardar em espécie, "em mãos", um total de R$ 630 mil. 

Foi o que ele declarou em 2010 à Receita Federal, de acordo com documento apreendido pela PF na residência do ex-diretor em Ipanema, no Rio de Janeiro. 


O mero ato de guardar dinheiro em espécie em casa não configura crime, mas gera suspeita pela decisão deliberada de sofrer prejuízo financeiro. O valor represado por Cerveró renderia em 2010, caso aplicado na poupança, cerca de R$ 42 mil. 


Em outra declaração à Receita, Cerveró informou ter recebido como remuneração R$ 1,15 milhão da Petrobras em apenas um ano, 2012. 


A PF também apreendeu no apartamento sete páginas digitalizadas com a descrição de inúmeros brincos, colares, pérolas, pulseiras, gargantilhas e outras peças de ouro associadas a parentes de Cerveró, além de 98 "diamantes redondos" que teriam sido adquiridos em "Amsterdam Sauer" em junho de 2012. Uma das peças era uma "letra 'N' em ouro amarelo".

Esses objetos não foram localizados pela PF. Procurado pela Folha nesta quarta-feira (28), o advogado do ex-diretor, Edson Ribeiro, afirmou que a respeito de dinheiro em espécie e a lista de joias "nunca conversou com Cerveró, se trata de assunto pessoal e por isso não poderá se manifestar". 


CARTA
 

A PF também apreendeu uma carta, datada de junho de 2012, em que Cerveró diz a um amigo, identificado apenas como Rogério, que não aceitaria a "pecha de ter sido o causador único deste 'desastre'", em referência à compra, pela Petrobras, da refinaria em Pasadena, nos EUA. 


O negócio foi depois condenado pelos órgãos fiscalizadores e gerou prejuízo de US$ 792 milhões à estatal, segundo o TCU (Tribunal de Contas da União). 


Na carta, Cerveró atribuiu ao ex-presidente da companhia Sérgio Gabrielli a acusação que lhe era feita. "O nosso amigo Gabrielli se encarregou de espalhar uma versão fantasiosa do enorme prejuízo que a Petrobras teria causado por um acordo que eu havia firmado sem o conhecimento e a aprovação dos meus pares na D.E. [Diretoria Executiva]", escreveu Cerveró. 


Segundo o ex-diretor, uma reunião da Diretoria Executiva da Petrobras de fevereiro de 2008 "aprovou o valor" de US$ 800 milhões para o fechamento do negócio. 


"Nesta reunião houve a participação minha, dos diretores Paulo Roberto, Duque, Almir, Estrela, Graça [Foster, atual presidente da Petrobras] e certamente do presidente Gabrielli", escreveu Cerveró. 


A PF também apreendeu o que teria sido a resposta à carta do ex-diretor, assinada por "Rogério". Ele escreveu que, no seu entendimento, "a grande contribuição para o insucesso do empreendimento adveio da diferença da natureza entre Petrobras e Astra e da nossa aposta em comprar uma refinaria de óleo leve para posteriormente adaptá-la". 


"As informações que disponho me permitem concluir que houve alguns erros de condução, que certamente nem foram do seu conhecimento à época", escreveu "Rogério", que negou ter ouvido de Gabrielli as acusações a Cerveró. 

FOLHA

Aprendeu com a Governanta, ela também guarda quantias consideráveis em seus aposentos no Planalto.

Veja cinco motivos para acompanhar a escolha do novo presidente do Senado

  • Kleyton Amorim - 17.jun.2013/UOL
    Presidência do Senado será escolhida no próximo dia 1º de fevereiro Presidência do Senado será escolhida no próximo dia 1º de fevereiro
No mesmo dia em que a Câmara dos Deputados escolherá seu novo presidente, o mesmo acontecerá no Senado. A presidência do Senado é um dos cargos mais importantes da República tanto por fazer parte da linha sucessória presidencial quanto pelo poder sobre o andamento de votações de interesse do governo. Veja cinco motivos para ficar de olho na eleição da presidência do Senado no próximo dia 1º de fevereiro:
  1. Linha sucessória da Presidência: o presidente do Senado é o quarto posto mais importante da República. Se o presidente, o vice-presidente e o presidente da Câmara dos Deputados não puderem assumir a Presidência, o cargo recairá sobre o presidente do Senado.
  2. Poder sobre CPIs mistas: o presidente do Senado, que também é o presidente do Congresso Nacional, comanda a pauta de votações nas duas Casas. É ele quem determina a ordem segundo a qual os projetos e proposições serão deliberados ou votados. Ele também pode determinar a retirada de um projeto da pauta. Esse poder político é fundamental para os interesses do governo, que sempre prefere ter um presidente mais "atento" aos interesses do Planalto. O mesmo ocorre no caso de CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) mistas, ou seja, compostas por deputados e senadores. A CPI mista da Petrobras, por exemplo, só saiu depois de negociação com o presidente do Senado.
  3. Duração das sessões: O presidente do Senado, como presidente do Congresso Nacional, poderá prorrogar (ou não) a duração das sessões do Congresso. Esse poder pode parecer simples, mas se mostrou importante durante a aprovação do projeto de lei que propunha a mudança da meta fiscal do governo, no final do ano passado. O presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) prorrogou a duração da sessão até que a matéria fosse votada. Na ocasião, a sessão entrou pela madrugada.
  4. Voto de desempate: o presidente do Senado tem o poder de desempatar votações ostensivas, que são aquelas em que os votos são abertos (públicos). Em um Senado extremamente dividido, o poder de desempatar uma votação é decisivo para os interesses do governo ou da oposição.
  5. Papel de porta-voz do Congresso: mesmo não sendo uma atribuição política ou legislativa, o papel de porta-voz do Congresso garante uma "quase sempre bem-vinda" exposição do presidente junto à opinião pública.

Eleições para a presidência da Câmara e do Senado

27.jan.2015 - Candidato a presidência da Câmara dos Deputados pelo PSOL, o deputado Chico Alencar, concede entrevista sobre sua candidatura. A sigla, que terá cinco deputados na próxima legislatura, costuma lançar candidato à presidência da Câmara para marcar posição. Em 2013, Alencar ficou em quarto lugar, com 11 votos Leia mais Luis Macedo / Câmara dos Deputados

"Festival de traição cresce na disputa pela Câmara", diz Lauro Jardim

Publicado em 29 de jan de 2015

Faltando três dias para a eleição na Câmara, cresce o festival de traição, os blefes e as mentiras. A informação é de Lauro Jardim. Rodrigo Constantino diz que a crise na Petrobras é um sintoma de uma economia fechada e com excesso de intervenção do estado. Silvio Navarro fala sobre a nova articulação para levar o PSB de volta ao governo Dilma.


Governo Dilma anuncia rombo inédito de R$ 17,2 bi no caixa do Tesouro; saiba causas e consequências

A presidente Dilma Rousseff fechou o último ano de seu primeiro mandato com um rombo inédito no caixa do Tesouro Nacional.

Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (29), as despesas do governo com pessoal, programas sociais, custeio administrativo e investimentos superaram as receitas de 2014 em R$ 17,2 bilhões.

Com o impulso do calendário eleitoral, os gastos foram acelerados e chegaram a R$ 1,031 trilhão; já a arrecadação, prejudicada pela fragilidade da economia e por medidas de alívio tributário, ficou em R$ 1,014 trilhão.

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Isso significa que o governo teve de tomar dinheiro emprestado no mercado para cobrir seus compromissos cotidianos e as obras públicas -em economês, houve um deficit primário.

Trata-se do primeiro deficit do gênero apurado pelo Tesouro desde o Plano Real, lançado em 1994; antes disso, a hiperinflação corroía o valor das despesas e ajudava a equilibrar o Orçamento.

Utilizando outra metodologia, o Banco Central apontou um pequeno resultado negativo no caixa federal em 1997.

Ainda mais sem precedentes é o contraste entre os números obtidos no ano passado e a meta fiscal anunciada pela administração petista: até setembro, a equipe de Dilma sustentava que seriam poupados R$ 80,8 bilhões -um superavit primário- para o abatimento da dívida pública.

CAUSAS

Trata-se do ápice de um processo de deterioração das contas públicas iniciado em 2009, quando o governo Lula enfrentou os efeitos da crise internacional com aumento de gastos e redução de impostos, além de mais empréstimos nos bancos públicos.

Na época, caiu a tributação de automóveis e outros produtos e foi lançado o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, entre outras medidas. O consumo e os investimentos foram reativados, e a economia cresceu 7,5% em 2010, ajudando a eleição de Dilma.

A presidente tentou repetir a estratégia em seu primeiro mandato, quando houve nova piora do cenário internacional. No entanto, os resultados foram declinantes.

A população, mais endividada, não tinha mais como ampliar seu consumo no ritmo de antes; os empresários, temendo pelo futuro da política econômica, passaram a investir menos.

Com a economia parada, também piorou o desempenho da arrecadação de impostos; a insistência do Planalto em novas rodadas de desoneração tributária e aumento de despesas criou um círculo vicioso.

CONSEQUÊNCIAS

O impacto mais imediato da piora fiscal é o aumento da dívida pública, que nos últimos quatro anos saltou do equivalente a 53% para 63% do PIB (Produto Interno Bruto, medida da renda do país).

Mas há consequências mais palpáveis no cotidiano, como o aumento da inflação -afinal, os salários e benefícios sociais pagos pelo governo injetam dinheiro no consumo, que cresce acima da capacidade de produção de bens e serviços.

A oferta insuficiente de produtos nacionais também eleva as importações, o que faz o país perder divisas.

Para conter a alta dos preços e a saída de dólares, o Banco Central precisa elevar os juros do país, que já estão entre os mais altos do mundo.

De positivo, a política de Dilma conseguiu manter o desemprego em baixa, em especial porque caiu a tributação sobre as folhas de pagamento das empresas.

Essa vantagem, porém, está em xeque, porque agora será necessário elevar impostos e cortar gastos públicos para reequilibrar as contas do governo -que promete um superavit de R$ 55,3 bilhões neste ano.


FOLHA

ACHO que uma governanta dessa, a essa altura do campeonato, deve estar se sentindo muito "amada" e nem tenha noção do preço que irá lhe custar tanto "amor". 

28 janeiro, 2015

Petrobras: tamanho da ladroagem reduz balanço a nada

Publicado em 28 de jan de 2015
Relatório da corrupção galopante na estatal é mais um atestado de incompetência. Diante do documento, divulgado na calada da noite, apenas uma leitura é possível: a roubalheira na maior empresa estatal do país é tão grande que até agora ninguém conseguiu avaliar o tamanho do prejuízo.



Mapa do boi: saiba qual é o melhor preparo para cada tipo de corte



O marinheiro de primeira viagem já passou por isso. Você está no açougue, olhando todos aqueles pedaços e nomes de carne. Para que servem cada um deles? Qual eu levo para fazer um picadinho? E a carne de panela da vovó, com que peça é feita?

Para acabar com essas e outras dúvidas, consultamos especialistas no assunto para localizar os cortes bovinos mais populares e apontar as melhores aplicações para cada um deles.

Embora algumas pessoas ainda falem em carne "de primeira" e "de segunda", essa classificação foi abandonada, já que não reflete a qualidade do corte, mas sim à quantidade de colágeno que cada um apresenta. "A primeira categoria tem pouco colágeno, a segunda um pouco mais e a terceira tem bastante", diz Alain Poletto, chef e sócio do Bistrot de Paris.

No entanto, sua quantidade na carne não é algo que se veja a olho nu. Portanto, na hora de comprar, escolha a peça de acordo com a receita que vai fazer e observe a aparência: a carne deve estar fresca, firme e tenra, com uma cor vermelha intensa e uniforme, isto é, sem manchas. Uma boa embalagem e um rótulo completo, onde constem procedência, tipo e datas, também são bons indicativos de controle de qualidade.

Veja a seguir os principais cortes e os preparos adequados para cada um deles:

1 – Músculo dianteiro: um dos cortes mais saudáveis do boi, é uma carne fibrosa, saborosa, pobre em gordura, mas rica em colágeno. Seu cozimento pede bastante calor e umidade, sendo indicado para sopas, caldos de carne e carne de panela.

2 – Peito: possui uma gordura superficial que impede o ressecamento da carne durante o longo tempo de cozimento exigido. Pode ser usado em caldos, sopas, refogados e cozidos em molho. 

3 – Pescoço: sendo a continuação do peito, é uma carne semelhante, que pode ser usada nos mesmos preparos. É um corte que requer cozimento longo e é indicado para ensopados, cozidos e caldos. 

4 – Acém: é o maior e mais macio dos cortes dianteiros do boi. É uma carne relativamente magra, que requer bastante calor e umidade durante o cozimento e fica boa em ensopados, cozidos de panela e picadinhos.  

5 – Cupim: situada no dorso de bois zebuínos originários da Índia, essa carne é fartamente entremeada de gordura e tem sabor único e acentuado. É um corte praticamente desconhecido nos países da Europa, nos Estados Unidos e nos vizinhos Uruguai e Argentina, onde se criam apenas raças europeias. Pede cozimento lento, preferencialmente enrolado em celofane culinário, para que se mantenham os sucos da carne.

6 – Paleta: da pata dianteira do boi, retiram-se três cortes, o peixinho, a raquete e o miolo de paleta. Menos nobres, são carnes suculentas e saborosas, mas que pedem cozimento lento e longo. São cortes indicados para o preparo de picadinhos e cozidos de panela. 

7 – Capa de filé: é uma carne saborosa e com médio grau de dureza. Com grande quantidade de nervos e espessa camada de gordura, exige bastante tempo de cozimento. Indicada para ser usada moída, em ensopados e picadinhos.

8 – Filé de costela: também conhecida como costela de ripa ou filé de costela, é a carne que reveste a parte superior da caixa torácica do boi. Com ossos maiores e mais largos, é um corte saboroso que requer longo cozimento, seja no fogão ou na churrasqueira.

9 – Aba do filé: também conhecida como bife do vazio. Por ser uma carne extremamente enervada, é própria para ser preparada moída.

10 – Ponta de agulha: também conhecida como costela de minga, é a carne que reveste as últimas costelas do boi e pertence à categoria dos cortes com mais colágeno. É melhor aproveitada moída ou na churrasqueira.

11 – Contrafilé: também conhecido como entrecôte e bife chorizo, é uma peça grande de onde se origina a bisteca. É ideal para fazer bifes, medalhões e rosbife, podendo ser grelhado no fogão ou na churrasqueira, em alta temperatura e por pouco tempo. Deve ser servido mal passado ou ao ponto. 
  
12 – Filé mignon: é o mais macio dos cortes bovinos e tem sabor menos acentuado que seus "vizinhos" alcatra e contrafilé. A peça é um músculo liso e comprido, sem nervos, fibras ou gorduras. Ideal para bifes altos como o tournedor e o medalhão, também pode ser empregado em rosbifes, picadinhos, estrogonofe, assados e refogados.

13 – Fraldinha: localizada na lateral do boi, é uma peça pequena, porém muito suculenta e macia, apropriada para a churrasqueira, mas também para cozidos de panela, estrogonofe e espetinhos.

14 – Maminha: corte retirado da alcatra, famoso pela maciez, suculência e sabor suave. É uma carne indicada para assados na churrasqueira e no fogão e cozidos de panela.

15 – Alcatra: junto com filé mignon, o contrafilé e a picanha, essa carne faz parte do quarteto nobre das carnes bovinas. É um corte magro e saboroso, do qual se originam outros cinco cortes: a picanha, a maminha, o miolo de alcatra ou baby beef, o tender steak e o top sirloin. 

16 – Picanha: criado na década de 1970, é um corte caracterizado pelo sabor acentuado e maciez, garantidos pela camada de gordura externa que o reveste. Famosa no churrasco, também se presta ao preparo de cozidos e assados no forno e na panela.

17 – Patinho: carne magra, com fibras macias, ideal para bife a milanesa, escalopes e carne moída, mas pode ser usada também em cozidos, ensopados e picadinhos.

18 – Coxão mole: também conhecido como chã de dentro, é um corte macio ideal para assados, ensopados, picadinhos, escalopes, bife a milanesa ou para carne moída.

19 – Lagarto: localizada na parte traseira do boi, é a peça que separa o coxão duro do coxão mole. Com fibras longas e duras e gordura externa, é uma carne saborosa e versátil, mas pouco suculenta, ideal para assados e cozidos, preferencialmente com molho. 

20 – Coxão duro: também conhecido como chã de fora, é um corte com fibras mais duras e necessita de cozimento mais longo. Apropriado para o preparo de carnes recheadas, cozidos de panela e rosbife, ou moído em refogados e molhos.

21 – Músculo traseiro: é dessa peça que se extrai o ossobuco, famoso corte redondo, com osso e tutano, que deve ser cozido lenta e longamente. 

Além de todos esses cortes, que são os mais populares nos açougues e mesas do Brasil, há ainda os chamados miúdos. Trata-se do grupo que engloba os órgãos internos do boi, como fígado, língua, rim, coração e miolo, mais o rabo. Com diferentes sabores e texturas, requerem cuidados especiais de limpeza ou preparo, e sua utilização varia conforma a região e a cultura local. 
 
Fontes: Instituto de capacitação profissional CPT – Centro de Produções Técnicas; SIC – Serviço de Informações da Carne; Livro "Carne & Cia", Nancy de Pilla Montebello e Wilma Maria Coelho Araújo, Editora Senac; Livro "Carnes com prazer", Ivo Camargo, Dash Editora.
 

 

Confirmado: Dilma continua em outro planeta


Publicado em 28 de jan de 2015
Dilma está convicta de que os problemas do Brasil não têm qualquer ligação com o governo brasileiro. No mundo de Dilma tudo vai muito bem, obrigada. Ah, se todos os brasileiros vivessem no belo planeta em que mora a presidente.


"Brasília ferve com a disputa na Câmara", diz Lauro Jardim

Publicado em 28 de jan de 2015
Lauro Jardim, no Radar Online, fala sobre os ânimos exaltados em Brasília na acirrada briga pela presidência da Câmara. Em VEJA Mercados, Geraldo Samor explica porque os juros brasileiros atraem o capital internacional. Ricardo Setti avalia as críticas dos petistas à política econômica do governo Dilma. Novo governo formado na Grécia promete jogar duro com a Europa. A informação de Caio Blinder.