Agentes vasculharam em julho apartamento em SP e casa em Sorocaba
Publicado: 23 de outubro de 2017 às 09:25
O ex-presidente do BB e da Petrobras é réu por propina da Odebrecht de R$ 3 milhões (Foto: Gustavo Lima/Ag. Câmara)
Em
meio a computadores, celulares e relógios, a Polícia Federal apreendeu
na casa do ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobrás, Aldemir
Bendine, até um ‘menu com inscrição: Ticiana e Joesley – 25 de outubro
de 2012’. A data se refere ao dia do casamento do empresário Joesley
Batista, da JBS. Os executivos estão presos.Bendine foi preso em 27 de
julho na Operação Cobra, 42.ª fase da Lava Jato. Naquele dia, a PF fez
buscas e apreensões em endereços em São Paulo e em Sorocaba, no interior
do Estado, ligados ao executivo. Todo material apreendido foi listado
pela PF.
Na
capital paulista, a Federal apreendeu joias com certificados de
garantia dentro de um cofre. No local havia gargantilhas, aneis,
brincos, colar de pérolas e abotoaduras.
A
Polícia Federal pegou também DVDs com etiquetas ‘confidencial’, pen
drive e documentos. O item 63, da lista de apreensões da PF, é um
‘envelope branco endereçado a Aldemir Bendine, contendo correspondência
enviada à presidente Dilma’.
No
dia da apreensão, a PF anotou que ‘o local estava vazio e foi
necessária a chamada de chaveiro para a abertura da porta do apto’.
“Posteriormente,
verificou-se existir depósito na garagem, para o qual também foi
necessário serviço de chaveiro. O cofre existente no escritório foi
aberto com senha fornecida, via telefone, pelo colega que acompanhava a
prisão do sr. Aldemir Bendine. Tanto o cofre quanto a porta como a porta
do depósito foram novamente fechadas na presença de testemunhas”,
descreveu a PF.
Em
Sorocaba, a Federal também apreendeu celulares, pen drives e tablets.
No local, a polícia pegou ‘um passaporte, República italiana, em nome de
Aldemir Bendine’.
O
ex-presidente do BB e da Petrobrás é réu sob acusação de receber, da
Odebrecht, propina de R$ 3 milhões em três parcelas de R$ 1 milhão entre
junho e julho de 2015 enquanto ocupava a Presidência da Petrobrás. Em
troca teria agido em defesa dos interesses da empreiteira.
O
executivo esteve à frente do Banco do Brasil entre 17 de abril de 2009 e
6 de fevereiro de 2015, e foi presidente da Petrobrás entre 6 de
fevereiro de 2015 e 30 de maio de 2016. (AE)
DIÁRIO DO PODER
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