O ministro do STF Edson Fachin marcou os depoimentos dos
ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff na ação em que
a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) foi denunciada, juntamente com o
ex-ministro Paulo Barnardo, por envolvimento em um esquema de corrupção
com recursos da Petrobras.
Os ex-presidentes serão ouvidos por teleconferência como testemunhas
de defesa. Lula será ouvido no dia 7 de julho, em São Paulo, enquanto
Dilma será ouvida no dia 28 de julho, em Porto Alegre. O ex-ministro
Gilberto Carvalho e o ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli
também estão entre as testemunhas de defesa.
A denúncia foi feita pela Procuradoria Geral da República, que
encontrou indícios de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na relação
de Gleisi e Paulo Bernardo com o ex-executivo da Petrobras Paulo
Roberto Costa. Bernardo teria pedido R$ 1 milhão a Paulo Roberto para
abastecer a campanha de Gleisi ao Senado em 2010.
O dinheiro teria sido encaminhado através do doleiro Alberto Youssef
para o empresário Ernesto Kugler, que também é réu na ação. Os
pagamentos seriam em parcelas de R$ 250 mil.
A denúncia contra os três foi aceita em setembro do ano passado pelo
STF. Na época, a Senadora se defendeu dizendo que a denúncia era baseada
em delações contraditórias. Segundo ela, Youssef teria assumido o
pagamento, mas Paulo Roberto Costa teria negado a operação. Ela negou
ter recebido o dinheiro.
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