Pedro Ladeira - 21.jun.2017/Folhapress | ||
O empresário Joesley Batista, da JBS, deixa a superintendência da Polícia Federal, em Brasília |
Os donos da JBS vão entregar extratos e explicar em detalhes, nos
documentos que estão entregando ao Ministério Público Federal, depósitos
feitos nas contas que atribuíram a Lula e a Dilma no exterior.
CONTROLE
As contas foram abertas em nome de uma offshore controlada por Joesley
Batista, da JBS. Ele diz que, quando fazia negócio com o governo,
depositava propina de cerca de 4%, primeiro numa conta "de Lula", no
governo dele, e depois numa conta "de Dilma". O dinheiro ficaria
reservado para o PT. O empresário afirma que mostrava os extratos para o
então ministro Guido Mantega.
CASÓRIO
Cada vez que dava dinheiro para campanhas do PT no Brasil, Joesley diz
que abatia contabilmente da poupança do exterior. No fim das contas, o
PT gastou tudo o que tinha direito, afirma. E Joesley usou o saldo no
exterior para comprar um apartamento em NY, dois barcos e até mesmo para
pagar a festa de seu casamento, em 2012.
FICÇÃO
O ex-ministro Guido Mantega afirma que nunca negociou a doação de
recursos irregulares com o empresário Joesley Batista. Lula e Dilma
afirmam que jamais ouviram falar da tal conta.
DIREITO
Lula perdeu ação
em que pedia direito de resposta à TV Globo por reportagem no
"Fantástico" sobre a sentença de Sergio Moro que o condenou à prisão. O
juiz Gustavo Dall'Olio diz que a Globo "fez o que lhe incumbia,
informar, direito seu e da coletividade, exercitado de forma regular e
profissional".
É OUTRA COISA
Afirma ainda que, embora a lei não exija, a emissora, "pela adoção de
padrões éticos que revelam a prática do bom jornalismo", facultou a Lula
o contraditório. Para ele, é a condenação "por crime contra a
administração pública" que é desfavorável e ofensiva ao petista, e não
"o exercício legítimo do dever de informar".
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