Finalizada ano passado, CPI dos Fundos de Pensão analisou casos de instituições ligadas a Petrobras, Caixa e Banco do Brasil
Quatro
grandes fundos de pensão, Petros, Funcef, Postalis e Previ, aparecem no
relatório final da CPI dos Fundos de Pensão. O relatório final apontou
15 casos de má gestão e fraude que causaram perdas estimadas em R$ 6,5 bilhões e indicou que problemas se concentraram nos três primeiros.
Veja a situação das quatro instituições:
Petros
O principal plano (PPSP) encerrou 2016 com resultado negativo de R$ 4,18
bilhões e déficit acumulado de R$ 26,78 bilhões. Agora, divulgou plano
de equacionamento relativo a 2013 a 2015, de R$ 22,6 bilhões – vai
chegar a R$ 27,7 bilhões nos próximos anos, com juro e inflação
embutidos.
Funcionários e aposentados vão pagar por 18
anos uma conta de R$ 14 bilhões. A Petrobras vai contribuir com R$ 13,7
bilhões. As alíquotas dependem do salário ou benefício.
Entre os participantes da ativa, variam de 3,20% a 20,19%. Entre os assistidos, de 4,53% a 26,9%.
Dos 149,8 mil participantes, 57% ativos e 43% inativos (todos os planos).
Funcef
O Fundo de pensão da Caixa finalizou 2016 com déficit acumulado de R$
12,478 bilhões, quase o dobro de dois anos atrás (R$ 6,55 bilhões em
2014).
No ano passado, começou cobrança de 2,78% dos
participantes do plano REG/Replan Saldado para cobrir déficit de R$ 2,3
bilhões de 2014. O desconto estava programado para ocorrer por 17 anos
anos.
Metade do valor virá da Caixa. Para equacionar o valor de 2015, começou neste mês desconto de mais 7,86%, por mais 211 meses.
Dos 161 mil participantes, 71% ativos e 29% inativos (todos os planos).
Postalis
O principal plano (BA) tem déficit definido como equacionado (ou seja,
será coberto com as contribuições extras já definidas) de R$ 6,2
bilhões, referentes ao rombo até 2015, mais R$ 1,1 bilhão de 2016.
Desde
maio de 2016 é descontado 17,92% referente ao déficit até 2014. Neste
ano, trabalhadores da ativa e aposentados tiveram de arcar com nova
contribuição extra de 2,73% sobre 2015.
Dos 199,5 mil participantes, 63% ativos e 36 inativos (todos os planos).
Previ
Previ Plano 1 tem déficit acumulado de R$ 13,9 bilhões, mas em
2016 teve superávit de R$ 2,19 bilhões, graças à recuperação da bolsa,
já que 49% dos investimentos são em renda variável.
Isso evitou que associados e patrocinador precisassem fazer contribuições extraordinárias para o plano.
Dos 201 mil participantes, 47% ativos e 53% inativos (todos os planos).
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