Pedro Ladeira - 16.mar.2017/Folhapress | ||
O senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado |
Batizada de Operação Anel de Giges, ela apura o desvio de R$ 32 milhões que supostamente tiveram como origem o superfaturamento na aquisição da "Fazenda Recreio", localizada em Boa Vista e na construção do empreendimento Vila Jardim, do projeto Minha Casa Minha Vida no bairro Cidade Satélite, também em Boa Vista.
"São investigadas as transações decorrentes da venda da Fazenda Recreio para a construção do empreendimento Vila Jardim, bem como pela fiscalização e aprovação do empreendimento na Caixa Econômica Federal", diz a nota da PF.
Ao todo estão sendo cumpridos 17 mandados judiciais expedidos pela Justiça Federal de Roraima, sendo nove de busca e apreensão e oito de condução coercitiva em Boa Vista, Brasília e Belo Horizonte.
A Folha apurou que apenas Rodrigo Jucá não estava em casa durante a operação. Ele aparece em inquéritos envolvendo a Odebrecht: o delator Cláudio Melo Filho, ex-diretor de relações institucionais da empreiteira, foi denunciado com Romero Jucá por supostamente ter ajustado e pago a propina por meio de doação oficial ao filho do senador, Rodrigo Jucá, candidato a vice-governador de Roraima em 2014.
O nome da operação, segundo a PF, foi inspirado na citação existente no segundo livro de "A República", de Platão, na qual é discutido o tema da Justiça. O Anel de Giges permite ao seu portador que fique invisível e cometa ilícitos sem consequências.
Este é um dos homens do presidente do nosso país. Não bastasse ele, ainda introduziu os filhos na bandidagem política. Enfim... filho de bandido, bandidinho é.
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