20/02/2017
O Acordo vigorará por três anos e busca fortalecer a Governança Corporativa da Companhia, com maior liquidez à participação da PREVI.
Os principais acionistas controladores da Vale, maior ativo da carteira
da PREVI e uma das maiores mineradoras do mundo, concluíram as
negociações sobre um novo Acordo de Acionistas, chamado de “Acordo
Vale”. A PREVI participou ativamente das negociações e está certa de que
o Acordo, que vigorará por três anos, fortalecerá a Governança
Corporativa da Companhia, além de garantir maior liquidez para esse
importante ativo da Entidade. A participação da PREVI na Vale se dá
majoritariamente no Plano 1, pela Litel.
A Vale é um ativo importante para a carteira do Plano 1. Esse ativo foi
responsável em grande parte pela geração de superávits que na década
passada ajudaram a constituir reservas especiais que propiciaram, por
exemplo, que os participantes do Plano 1 ficassem com a contribuição
suspensa de 2007 a 2013 e ainda tivessem o Benefício Especial Temporário
(BET).
Esse ativo, no balanço de 2016, representava 14,6% dos nossos
investimentos e 30,6% da carteira de renda variável, considerando os
recursos do Plano 1 e do PREVI Futuro. A participação do Plano 1 não
apresenta liquidez em bolsa, tendo em vista as condições da estrutura
societária existente, uma vez que o investimento de Litel é direto em
Valepar (controladora da Vale). Essa falta de liquidez era um dos
desafios a serem superados pela atual administração da PREVI, a fim de
fazer frente aos pagamentos das aposentadorias, sem prejudicar o preço
de mercado dos ativos. No âmbito da Entidade, a viabilização do Acordo
Vale pela Diretoria Executiva é parte da implementação do Planejamento
Estratégico, após decisão favorável unânime do Conselho Deliberativo.
Atualmente, o Plano 1 da PREVI detém 15,50% do capital total da Vale. Já
pelo PREVI Futuro, o investimento equivale a 0,17% do capital total.
Novo Acordo traz maior liquidez e aprimora a governança
Um dos objetivos do Plano Estratégico da PREVI para 2017-2021 é o
“Balanceamento da gestão de investimentos com necessidades do passivo do
Plano 1”. Com base nesse objetivo e na Política de Investimentos, a
Diretoria da PREVI vem nos últimos anos trabalhando para a construção de
alternativas que gerem liquidez e que agreguem valor à companhia.
Nesse sentido, o novo acordo traz:
a) Liquidez, na medida em que permitirá à Litel
participar diretamente da Vale, sendo que mais da metade da participação
da Litel estará desvinculada do Acordo Vale, portanto livre para
negociação após o final do prazo de lock up, estimado para fevereiro de
2018. O restante da posição estará livre a partir de novembro de 2020.
b) Melhoria na governança, uma vez que a companhia
evoluirá para adoção de um controle difuso, com perspectivas de
crescimento e perenidade.
c) Novo estatuto social, que tem como objetivo levar a
Vale para o Novo Mercado da BM&FBovespa, considerado o nível de
mais alto padrão de governança corporativa.
O Acordo Vale será realizado em etapas
Três ações estão previstas para a implementação do novo Acordo:
1) Conversão voluntária das ações preferenciais classe A da Vale em ações ordinárias.
Todos os acionistas da Vale que possuem ações preferenciais classe A
serão convidados a converter seus papéis em ações ordinárias. Os valores
obedecerão a uma relação de conversão, que foi definida com base no
preço médio de fechamento das ações ordinárias e preferenciais apurado
nos últimos 30 pregões da BM&FBovespa, anteriores ao anúncio do Fato
Relevante.
2) Alteração do estatuto social da Companhia.
O objetivo é adequá-lo às regras do Novo Mercado da BM&FBovespa,
onde estão listadas as empresas com o mais alto padrão de governança
corporativa.
3) A Vale vai incorporar a Valepar, empresa veículo que reúne as participações de Litel, Mitsui, Bradespar, BNDESpar e Eletron. Essa
incorporação resultará em incremento de participação dos atuais
acionistas controladores, mediante um diferencial de 10% na precificação
das ações que a Valepar detém, além de permitir que participem
diretamente da Vale. Durante o período de duração do novo Acordo de
Acionistas, de três anos, os sócios manterão influência relevante sobre a
Companhia. O objetivo é conferir estabilidade para a Vale no período de
transição para um novo modelo de governança de controle difuso (“true
corporation”), o que contribuirá para a perenidade e crescimento da
Companhia.
A PREVI se orgulha de participar da história da Vale, maior ativo da
carteira de investimentos da Entidade. A participação do Plano 1 está
avaliada em cerca de R$ 24,2 bilhões. Desde a privatização, em 1997, até
30/12/2016, o retorno do investimento em Litel superou a meta atuarial
no período, mas é preciso avançar, mesmo com essa história de sucesso, e
tomar medidas para adequar a empresa às novas realidades de mercado e à
necessidade de maior liquidez para os investimentos do Plano 1 da
PREVI. Por fim, cabe ressaltar que implantado o novo Acordo, após passar
pelo rito das aprovações regulamentares do mercado, este poderá
contribuir para a atração de outros investidores estrangeiros, o que
garante a expansão das atividades da Vale.
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