Recuo foi de 44,2% em relação ao resultado de 2015.
O Banco do Brasil anunciou ter registrado lucro líquido de R$ 8,034 bilhões em 2016, 44,2% abaixo dos R$ 14,4 bilhões obtidos no ano anterior. No quarto trimestre, os ganhos somaram R$ 963 milhões, representando uma queda de 61,3% sobre o resultado de um ano antes.
Na comparação entre o quarto e o terceiro trimestres de 2016, também houve um recuo de 57,1%, de acordo com o balanço da instituição, divulgado nesta quinta-feira (16).
O resultado foi pressionado por um pico nas provisões para perdas com
calotes ao mesmo tempo em que os empréstimos tiveram nova retração.
A chamada provisão para créditos de liquidação duvidosa do Banco do
Brasil no período atingiu R$ 7,49 bilhões, volume 7,1% maior sobre um
ano antes e 12,7% acima do trimestre imediatamente anterior.
O índice de inadimplência em relação entre as operações vencidas há
mais de 90 dias foi de 3,29% em 2016. No ano ano anterior, havia sido de
2,38%.
No fim de 2016, a carteira de crédito ampliada do banco era de R$ 708,1
bilhões, queda de 11,3% em um ano. Considerando apenas os empréstimos
no país, o montante caiu 8,4%, para R$ 679 bilhões.
Esse declínio foi puxado sobretudo pelo setor corporativo, para o qual o
estoque de financiamentos do BB teve uma queda de 18,9% no ano.
O Itaú Unibanco passou a ser o maior banco brasileiro por ativos no fim
de 2016, superando o Banco do Brasil, segundo dados dos balanços
publicados pelas instituições financeiras.
Nesta manhã, o BB anunciou ter fechado o ano passado com R$ 1,401
trilhão em ativos, queda ante o R$ 1,448 trilhão do fim de setembro. Já
os ativos do Itaú Unibanco subiram de R$ 1,399 trilhão para R$ 1,426
trilhão no período.
A queda no lucro fez a rentabilidade sobre o patrimônio líquido – que
mede como um banco remunera o capital de seus acionistas - cair quase 5
pontos percentuais sobre o último trimestre de 2015, para 7,2%, em bases
ajustadas.
Reorganização
Em 2016, o Banco do Brasil anunciou um conjunto de medidas de reorganização institucional,
que será implementado ao longo de 2017, que prevê o fechamento de
agências e um plano de extraordinário de aposentadoria incentivada.
Após a reorganização da rede de atendimento, 379 agências serão
transformadas em postos de atendimento e 402 serão desativadas.
No total, 9.409 funcionários aderiram ao Plano de Aposentadoria
Incentivada, que já foi encerrado em meados de dezembro. De acordo com o
banco, no total, 18 mil funcionários tinham condições para se
aposentar.
Previsões
O BB previu melhora de diversos indicadores para 2017. O banco estimou,
por exemplo lucro ajustado na faixa de R$ 9,5 bilhões a R$ 12,5 bilhões
neste ano, após R$ 7,2 bilhões no ano passado.
O BB também previu alta de 1 a 4% da carteira de crédito no Brasil, que
caiu 8,4% em 2016. A instituição também previu despesas com provisões
para calotes de R$ 20,5 bilhões a R$ 23,5 bilhões neste ano, após R$ 27
bilhões em 2016.
Outros bancos
Na semana passada, o Itaú Unibanco anunciou que registrou lucro líquido de R$ 5,543 bilhões no quarto trimestre de 2016,
depois de atingir R$ 5,394 bilhões nos três meses anteriores: uma alta
de 2,76%. No mesmo período de 2015, os ganhos haviam atingido R$ 5,698
bilhões, uma baixa de 2,7%. No ano de 2016, o lucro somou R$ 21,6
bilhões, 7% abaixo dos R$ 23,3 bilhões registrados em 2015.
O Bradesco também informou ter registrado lucro líquido contábil de R$ 15,08 bilhões em 2016, o que representa uma queda de 17,5% na comparação com o ano anterior.
O Santander Brasil, maior banco estrangeiro em operação no país,
divulgou no final de janeiro um lucro líquido gerencial de R$ 1,989
bilhão para o quarto trimestre, ante R$ 1,607 bilhão no mesmo período de
2015. No ano inteiro, o lucro da instituição financeira chegou a R$
7,339 bilhões, um aumento de 10,8% em relação aos R$ 6,624 bilhões
registrados em 2015
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