 O presidente da Caixa de Assistência dos 
Funcionários do Banco do Brasil (CASSI), Carlos Célio de Andrade Santos,
 fala sobre a importância da aprovação do plano de sustentabilidade pelo
 Corpo Social e os benefícios que as medidas constantes do Memorando de 
Entendimentos vão trazer. Entre eles, a manutenção do pagamento em dia 
dos prestadores de serviços, o aprimoramento da governança corporativa e
 a melhoria de processos de trabalho.
O presidente da Caixa de Assistência dos 
Funcionários do Banco do Brasil (CASSI), Carlos Célio de Andrade Santos,
 fala sobre a importância da aprovação do plano de sustentabilidade pelo
 Corpo Social e os benefícios que as medidas constantes do Memorando de 
Entendimentos vão trazer. Entre eles, a manutenção do pagamento em dia 
dos prestadores de serviços, o aprimoramento da governança corporativa e
 a melhoria de processos de trabalho. 
Carlos Célio define que este é "um novo tempo". Ele
 salienta a importância da participação dos colaboradores nesse processo
 e ressalta ainda a qualidade dos profissionais da CASSI. "É fundamental
 considerar o conhecimento que a própria organização e seus funcionários
 detêm. Acredito em um trabalho construído em conjunto pelos nossos 
profissionais e consultores", avalia o presidente.
Confira na entrevista a seguir a expectativa do presidente para o futuro da CASSI.
CASSI:Ao longo dos 
últimos cinco anos, a Instituição apresentou déficit financeiro, que se 
agravou em outubro de 2016, com o fim das reservas livres do Plano de 
Associados. Com a aprovação pelo Corpo Social do plano para 
sustentabilidade, receitas extraordinárias estarão disponíveis até 
dezembro de 2019. Elas serão suficientes para custear as despesas do 
período?
        Carlos Célio: Essas receitas extraordinárias
 devem ser suficientes, mas isso depende muito do comportamento e 
sobretudo do controle das despesas futuras. Também é importante lembrar 
que a principal fonte de recursos do Plano de Associados continua sendo o
 custeio ordinário, ou seja, de 3% dos associados e de 4,5% do Banco do 
Brasil. A contribuição extraordinária, adicional e temporária até 
dezembro de 2019, de 1% dos associados e o ressarcimento do Banco do 
Brasil, que também tem caráter extraordinário, são fundamentais para 
superação das dificuldades no curto prazo. Nesse período de três anos, 
nosso objetivo é conseguir manter em dia o pagamento aos prestadores, 
enquanto implementamos projetos voltados para assegurar e fortalecer a 
sustentabilidade do Plano de Associados e da CASSI.  São projetos 
estruturantes, que permitirão trabalhar tanto a questão de receita, mas 
principalmente ampliar os mecanismos de controle das despesas, sempre 
com foco na manutenção da qualidade da assistência.
CASSI: E quais são esses projetos, presidente?
        CC: Os eixos dos projetos, em linhas gerais,
 já constam do Memorando de Entendimentos. Eles envolvem questões de 
gestão e governança corporativa e da operação da CASSI, como regulação e
 negociação com prestadores. Eles não terão caráter restritivo, mas 
indicarão as linhas de atuação que precisam ser melhor trabalhadas. 
Serão definidos quais projetos devem ser executados, quais são os 
prioritários e quais não são. Todo esse processo de desenvolvimento dos 
projetos será apoiado em trabalho de consultoria especializada e deve 
ser previamente aprovado pela CASSI. 
CASSI: Além das 
propostas validadas pelo Corpo Social para a reestruturação financeira 
do Plano de Associados, o que a CASSI está fazendo para controlar melhor
 as despesas?
        CC: Não estamos de braços cruzados. O nosso 
dia a dia de trabalho já é direcionado a solucionar as questões que 
envolvem a operação da CASSI. O tempo médio de internação e as despesas 
com materiais e medicamentos, por exemplo, são fatores críticos para 
nós. Internação é um ponto bastante expressivo dentro da despesa de 
qualquer operadora de saúde e a CASSI tem se dedicado muito para 
aperfeiçoar o controle destes itens. 
CASSI: O que interfere na sustentabilidade da CASSI em longo prazo?
        CC: Todos os planos de saúde estão sujeitos 
às variações de mercado. Questões como o crescimento econômico do País, 
renda per capita, condições de saneamento básico, avanços tecnológicos, a
 elevação dos custos em saúde acima dos índices inflacionários e a 
infraestrutura de hospitais nos grandes centros e no interior, são 
algumas das muitas variáveis que não estão sob nosso controle. A Agência
 Nacional de Saúde Suplementar (ANS) constantemente edita resoluções 
normativas ampliando coberturas e estabelecendo novas obrigações 
relacionadas ao funcionamento das operadoras. As atualizações periódicas
 do Rol de procedimentos em saúde, por exemplo, incluem novos 
procedimentos a serem cobertos, incorporam novas tecnologias e 
medicamentos de cobertura obrigatória. Tudo isso requer um esforço 
permanente sobre as variáveis que estão sob a nossa governabilidade, 
como forma de buscar os melhores resultados a partir da adoção de 
medidas que visem a preservação e a ampliação dos mecanismos de controle
 do custo assistencial, evitando assim a necessidade de apresentar uma 
conta muito alta aos nossos patrocinadores.
CASSI: Dentre as ações 
previstas no Memorando de Entendimentos, está a contratação de uma 
consultoria. Existe previsão de quando a consultoria começa a trabalhar?
 
CC: Quando você vai ao mercado e traz uma 
consultoria para te apoiar, ela vem para contribuir com metodologia de 
análises e de trabalho e, principalmente, com boas práticas do mercado. 
Porém, é fundamental saber considerar o conhecimento que a própria 
organização e seus funcionários detêm. Há uma série de vantagens de se 
trabalhar com uma consultoria. Entretanto, não existe receita pronta e 
que resolva todos os nossos desafios. Acredito em um trabalho construído
 em conjunto pelos nossos profissionais e consultores. Temos uma 
estimativa de em 60 dias concluir a contratação da consultoria, o que 
está sendo conduzido pelo Banco do Brasil. 
CASSI: Uma vez contratada a consultoria, qual o tempo previsto para a conclusão dos trabalhos?
CC: Serão necessários, aproximadamente, 
quatro meses entre diagnóstico e planejamento, mais dois meses para 
aprovar as ações a serem realizadas e mais doze meses para implementação
 dos projetos. Estimamos que em um ano e oito meses teremos o trabalho 
concluído. 
CASSI: Quando o senhor acredita que os primeiros resultados vão ser perceptíveis?
CC: Isso dependerá muito da abrangência dos 
projetos que serão desenvolvidos. Alguns processos podem ter um tempo de
 maturação maior, mas a partir do segundo semestre deste ano já é 
possível começar a capturar alguns resultados positivos. 
CASSI: Como a CASSI fará a 
prestação de contas aos associados e aos parceiros do projeto: BB e 
entidades representativas dos funcionários e aposentados?
CC: Estamos definindo, em conjunto com o 
Banco do Brasil e com as entidades representativas dos funcionários, o 
cronograma e o formato dessa prestação de contas. A CASSI já conta com 
uma rotina de elaboração de relatórios mensais, semestrais e anuais. Mas
 a ideia não é simplesmente apresentar esses relatórios. A proposta é 
uma divulgação mais específica, alinhada ao cronograma e à execução 
desses projetos. 
CASSI: CASSI: Depois de dois 
anos, tempo em que a CASSI trabalhou com contingenciamento orçamentário,
 foi aprovado o orçamento para o ano de 2017. O que se pode esperar na 
fase pós-contingenciamento?
CC: Com o contingenciamento, decorrente do 
orçamento que não fechava, praticamente todas as alçadas de despesas 
foram parar no Conselho Deliberativo. Saindo do contingenciamento, as 
alçadas retornam à Diretoria Executiva e às Unidades. É importante 
lembrar que nós temos um orçamento a ser cumprido e precisamos 
estabelecer prioridades. E uma das prioridades é o investimento na 
formação e na capacitação dos profissionais da CASSI.
CASSI: Com a aprovação do 
projeto de sustentabilidade, o senhor acredita que se inaugura um novo 
tempo? E quais são os seus planos para o futuro da CASSI?
CC: Não tenho a menor dúvida que estamos 
inaugurando um novo tempo. Eu, particularmente, acho que trabalhar com 
essa lógica de projeto é a melhor forma de obter resultados consistentes
 e relevantes. É saber claramente o objetivo a ser atingido, com o 
recurso definido e disponível e no prazo estabelecido. Ressalto que 
iniciamos a revisão do planejamento estratégico e aprovamos uma peça 
orçamentária inicial, que também deverá ser revisada. É um novo tempo e 
eu diria que estamos diante de uma pauta bastante intensa, complexa, mas
 propositiva e boa de trabalhar. 
CASSI: Qual mensagem o senhor gostaria de deixar para os nossos associados e também para os colegas da CASSI?
CC: Gostaria de agradecer por todo o 
trabalho feito até aqui. Continuo contando com o comprometimento dos 
nossos colaboradores para que a CASSI tenha muito mais do que outros 73 
anos. É muito importante o trabalho de cada colega, em cada Unidade, em 
toda a empresa, para que tenhamos sucesso e para que sejamos sempre bem 
avaliados pelas quase um milhão de vidas que temos sob nossa 
responsabilidade. Aos associados, quero agradecer pelo voto de confiança
 ao aprovar, de forma bastante expressiva, a contribuição 
extraordinária, reforçando ainda mais nosso compromisso de que não 
faltarão esforços em resposta a esse voto de confiança, sempre com o 
propósito de cumprir a missão da CASSI: "Assegurar ações efetivas de 
atenção à saúde por meio de promoção, prevenção, recuperação e 
reabilitação, para uma vida melhor dos participantes". 

 
 
NOTA
ResponderExcluirEra só o que faltava: CUT quer cargo no conselho do BB
https://jornalivre.com/2017/01/23/era-so-o-que-faltava-cut-quer-cargo-no-conselho-do-bb/