A Polícia Federal reabriu a temporada de caça ao corrupto, animal da
fauna brasileira que não corre o menor risco de extinção. Por ordem do
IBAMA, durante os meses de verão fica proibida a caça ao corrupto para
que eles possam se reproduzir em paz e assim perpetuar a espécie. É o
que os biólogos e advogados chamam de “defeso”, e a Glória Maria, no
Fantástico, chama emocionada de “o milagre da Natureza”.
Entre
dezembro e janeiro, os corruptos podem ficar até mais tarde na cama,
sem que os federais venham tocar a campainha às seis da manhã junto com o
padeiro, o leiteiro e o personal trainer. Assim, livres dos seus
predadores, essas pobres criaturas, quer dizer, essas ricas criaturas,
vão continuar a se reproduzir sem susto.
A fêmea do corrupto, a
corrupta, gasta uma barbaridade em sapatos Loboutin, roupas de grife e
joias caríssimas. Em vez de cruzar com o macho de sua espécie, a
corrupta prefere fo@##%&%$@#der com a vida do cidadão comum.
Ave de rapina, o corrupto brasileiro (Corruptus brasiliensis)
foi descoberto pelos naturalistas alemães Max Nunes, Harold Barbosa e
Johann Soares. Ave de arribação, o corrupto é um pássaro migratório,
pois prefere passar o verão no Hemisfério Norte esquiando e fazendo
compras. Os cientistas do FBI ainda estão investigando para saber se o
corrupto é uma ave ou um parasita. Na verdade é os dois. O corrupto faz o
seu ninho em cofres públicos, empreiteiras e partidos políticos, e
prefere colocar os seus ovos em paraísos ficais e cofres da Suíça.
Normalmente o corrupto habita o Cerrado de Brasília, onde o clima lhe é
mais propício. Contudo, pode viver em qualquer parte do Brasil onde
possa dar uma bicada.
O corrupto é um animal muito peculiar:
apesar de ser um pássaro, o corrupto prefere voar de jatinho executivo e
só “canta” quando está preso na delação premiada.
Agamenon Mendes Pedreira gastou todo o seu Latim para pagar a janta.
O Antagonista
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