SÃO PAULO, SP, 19 de março (Folhapress) - Um grupo de 20 aposentados
do fundo de previdência Aerus, que reúne ex-funcionários da Varig, está
acampando desde o dia 12 de março no Salão Verde da Câmara dos
Deputados.
Eles esperam uma "proposta concreta" do governo de que vão receber
os repasses do Aerus, que não consegue cobrir os pagamentos devidos a
cerca de 10 mil aposentados e pensionistas.
O fundo fez seu último depósito integral em 2006 e vem pagando
apenas 8% do valor mensal devido a cada um, segundo os aposentados.
O ex-piloto Zoroastro Lima Filho, de 83 anos, disse que a intenção
do grupo é ficar até que seja feito um acordo formal com o governo para
garantir o pagamento.
"O que está atrasado vai ficar para depois, só queremos os repasses
atualizados. Vamos até o fim. Já vencemos o julgamento no STF."
Julgamento
Julgamento
No último dia 12, o STF (Supremo Tribunal Federal) determinou que a
União indenize a extinta companhia aérea Varig por prejuízos decorrentes
do congelamento de tarifas entre outubro de 1985 e janeiro de 1992
durante a vigência do Plano Cruzado.
Pelos cálculos da Varig e de seus ex-trabalhadores, a indenização seria de cerca de R$ 6 bilhões.
A AGU (Advocacia-Geral da União), no entanto, diz que, em valores de maio de 2012, o montante está na casa dos R$ 3,07 bilhões.
Quando receber os recursos, a Varig deverá usar o dinheiro para
quitar dividas trabalhistas da companhia e pendências com o fundo de
previdência Aerus, que reúne ex-funcionários da empresa.
Valor
De acordo com o advogado Alberto Pavie, que junto com Pedro Gordilho
advoga para a Varig, é impossível se precisar o valor a ser indenizado
neste momento.
"Quando for certificado o trânsito em julgado no STF (fim do
processo), será aberta uma nova ação na primeira instância da Justiça
Federal e a Varig vai apresentar suas planilhas. Com isso a Justiça
fará, pela primeira vez, um cálculo oficial do montante devido", disse.
O processo em que a Varig pede indenização tramita na Justiça desde 1993 e, em 2007 chegou ao STF. Apesar da vitória, ainda cabem recursos para questionar a decisão e o processo para calcular o montante efetivo a ser pago deve se arrastar por mais algum tempo.
Fonte:
TNOnline
FolhaPress
É triste dizer, mas muitos morrerão antes!
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