| Daniel Marenco - 24.set.2014/Folhapress | |
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| A ex-presidente Dilma Roussef e o atual presidente, Michel Temer, durante a campanha presidencial de 2014 | 
A Polícia Federal cumpre nesta terça (27) mandados de busca e apreensão 
nas gráficas Rede Seg, VTPB e Focal, que prestaram serviços à campanha 
da chapa presidencial de Dilma Rousseff-Michel Temer na campanha de 
2014.
Os mandados estão sendo cumpridos nas sedes das empresas em São Paulo. 
A operação foi autorizada pelo ministro Herman Benjamin, relator da ação
 que tramita no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e investiga se a 
campanha foi financiada com dinheiro público desviado. 
Segundo o TSE, estão sendo cumpridos mandados em cerca de 20 localidades
 nos estados de São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais. 
O objetivo da operação, segundo a decisão judicial, é investigar as 
movimentações financeiras das empresas mencionadas e apurar se elas 
tinham capacidade operacional para realizar os serviços para os quais 
foram contratadas na campanha eleitoral. 
Benjamin também autorizou a quebra do sigilo fiscal de pessoas físicas e
 jurídicas que, a partir do relatório de análise de movimentação 
bancária, "demonstraram maiores indícios de irregularidades nos 
dispêndios eleitorais".
No entanto, o juiz proibiu que os envolvidos fossem levados 
coercitivamente para depor e determinou que os policiais cumprissem os 
mandados descaracterizados. 
A força-tarefa que trabalha no caso identificou indícios de "fortes 
traços de fraude e desvio de recursos" na prestação de contas das 
gráficas. 
Localizada em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, a Focal 
Confecção e Comunicação Visual foi a segunda maior fornecedora da 
campanha de Dilma e tem motorista como sócio. 
A empresa recebeu R$ 24 milhões da campanha, só ficando atrás da 
companhia do marqueteiro João Santana, destinatária de R$ 70 milhões, de
 acordo com dados oficiais prestados ao TSE.
O empresário Carlos Cortegoso, pai de sócia da Focal, foi interrogado 
pela PF em agosto na Operação Custo Brasil, desdobramento da Operação 
Lava Jato. No depoimento, ele disse que recebeu R$ 300 mil de empresa investigada na Custo Brasil e que o dinheiro visava abater uma dívida de campanha do PT. 
Santana e sua mulher e sócia, Mônica Moura, chegaram a ser presos na 23ª fase da Lava Jato, em fevereiro, sob suspeita de receber no exterior dinheiro desviado da Petrobras. Ambos viraram réus em abril. A soltura do casal foi determinada mediante uma fiança de R$ 31,5 milhões –R$ 28,76 milhões para Mônica e R$ 2,76 milhões para Santana.
 
 
 
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