Alvo da Procuradoria-Geral da República nas investigações sobre
corrupção na Petrobras, Renan Calheiros (PMDB-AL) busca uma
''blindagem'' do Planalto para ter a garantia de que, se a crise se
agravar, terá apoio para seguir presidindo o Senado.
Segundo integrantes da cúpula peemedebista, o senador tem reagido
''acima do tom'' nas últimas semanas porque quer a sinalização de que
será protegido pelo Planalto e que o PT não defenderá sua saída.
Em 2007, Renan foi alvo do "fogo amigo" petista quando sofreu processo
de cassação acusado de usar um lobista para pagar a pensão de uma filha.
À época, conseguiu ser absolvido com os votos de PSDB e DEM, mas foi
fritado publicamente por aliados, caso do então senador Aloizio
Mercadante, hoje chefe da Casa Civil. Se, desta vez, for preservado,
voltará a ser um fiador da governabilidade no Legislativo.
Na terça, Renan deu demonstrações do quanto pode atrapalhar a vida da
presidente Dilma Rousseff. Ele devolveu ao Executivo a medida provisória
editada na semana passada que revisa as regras de desoneração da folha
de pagamento de vários setores da economia.
Nesta quarta, a presidente enviou Pepe Vargas (Relações Institucionais) para uma conversa com ele para tratar do ajuste fiscal.
O governo teme novas derrotas. Na próxima semana, Renan deve submeter à
apreciação do Congresso um veto presidencial contra a correção de 6,5%
da tabela do Imposto de Renda. A equipe econômica defende 4,5%.
FOLHA
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