O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, encontrou o
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em Buenos Aires, na
Argentina, fora da agenda e durante viagem oficial, em um sábado de
novembro do ano passado.
A reunião, um almoço na área turística de Puerto Madero, ocorreu no dia
22. Três dias depois, procuradores desembarcaram na Suíça atrás de
contas que foram usadas, de acordo com o ex-diretor da Petrobras Paulo
Roberto Costa, para a Odebrecht pagar a ele suborno de US$ 23 milhões, o
que a empreiteira nega.
Editoria de Arte/Folhapress |
Na semana anterior ao encontro, no dia 14, a Polícia Federal, subordinada a Cardozo, havia deflagrado a fase da Operação Lava Jato que levou executivos das principais empreiteiras do país à cadeia.
Perguntada sobre o encontro com Janot, a assessoria de Cardozo informou inicialmente à Folha que o ministro viajara à Argentina naquela data para encontro com o ministro da Justiça e da segurança pública da Argentina.
Questionada novamente por telefone e email sobre a reunião, a
assessoria, então, confirmou num segundo momento o ''encontro pessoal''
do ministro com o chefe do Ministério Público, que estava na cidade para
encontro de procuradores do Mercosul.
Segundo o Ministério da Justiça, Cardozo e o procurador-geral
''mantiveram contato'' e, juntamente com a mulher de Janot, se
encontraram para um almoço no dia 22. ''Não houve registro em agenda por
não se tratar de encontro oficial''. A assessoria nega qualquer
discussão sobre a Lava Jato.
A reportagem contatou a assessoria de Janot desde quinta (5), mas não obteve resposta.
Este é o segundo encontro de Janot e Cardozo que não consta na agenda de ambos. No último dia 26, a Folha revelou que eles estiveram juntos
às vésperas da apresentação, por Janot, ao STF (Supremo Tribunal
Federal) dos pedidos de abertura e arquivamento de inquéritos contra
políticos.
A lista foi entregue na terça-feira (3) e liberada pelo ministro Teori Zavascki, relator do caso, na sexta-feira (6).
Janot e Cardozo negaram ter tratado da lista. O ministro da Justiça já
foi alvo de questionamentos por ter se encontrado com advogados de
empreiteiras investigadas.
Pedro Ladeira - 02.fev.2015/Folhapress | |
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot (à esq.), conversa com o ministro José Eduardo Cardozo |
FOLHA
O Papa Francisco, embora seja argentino vai ter que se mudar para o Brasil. Há muitos santos a serem beatificados e outros em estágio bem avançado de "santificação".
-E a coletiva do min.Cardozo (advogado da Dilma) foi de dar ânsia de vomi... E ainda vem dizer que o povo tem orgulho de suas instituições. Será seu ministro? Devemos nos orgulhar de um poder Executivo comandado por uma quadrilha (vide mensalão, processo petrolão), poder este que quebrou o país, que não respeita seu povo, onde o chefe(a) maior não vê nada, não viu nada, não faz nada, ou seja, se mostra uma INCOMPETENTE jamais vista. Com todo respeito, refaça o seu discurso sr.ministro...
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