O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva avisou a sindicalistas que não
participará de ato programado para o dia 13 em favor da Petrobras.
Lula se reuniu nesta terça-feira (3) com os organizadores da manifestação, incluindo representantes da CUT, do MST e da UNE.
Segundo participantes, Lula afirmou que não poderia participar de um ato
contra medidas do ajuste fiscal adotadas pela presidente Dilma
Rousseff. Embora a agenda seja em defesa da Petrobras, o protesto também
tem como objetivo "lutar contra medidas de ajuste fiscal que prejudicam
a classe trabalhadora".
"As MPs 664 e 665, que restringem o acesso ao seguro desemprego, ao
abono salarial, pensão por morte e auxílio-doença, são ataques a
direitos duramente conquistados pela classe trabalhadora", diz o
manifesto de convocação para o ato.
Aliados do ex-presidente chegaram a defender que a mobilização fosse adiada
para evitar comparações com o público do protesto convocado para dois
dias depois, 15 de março, em favor do impeachment de Dilma.
Além de temer comparação com o ato contra Dilma, interlocutores de Lula
alegam que, por incluir na pauta ataques a medidas governamentais, o ato
da CUT engrossará a agenda de manifestações contra Dilma.
Lula nega, por sua assessoria, que tenha sugerido o adiamento do ato.
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