O
ministro aposentado do STF Joaquim Barbosa, ex-relator do julgamento do
mensalão, assistiu pela tevê à inquirição de Pedro Barusco na CPI da
Petrobras. Na madrugada desta quarta-feira, ele se plugou à internet
para veicular um lote de notas sobre o tema. Sem mencionar o nome do
ex-gerente da Petrobras, classificou de “chocante” seu depoimento. E
insinuou que a história pode pregar uma “peça” no PT e em Dilma
Rousseff.
“Como milhões de brasileiros, vi a programação da TV Câmara ontem”, anotou Barbosa em sua conta no Twitter. “Chocante”, ele definiu. Numa alusão indireta ao embate que PT e PSDB travaram durante a sessão, o ex-ministro criticou:
“Muitos
vêem o que se passou ontem na Câmara dos Deputados sob ótica puramente
partidária. É um tremendo erro. Por quê? Partidos são meros
instrumentos. Nossa nação não se construiu e tampouco se define à luz de
momentâneos interesses partidários.”
Barbosa empilhou três
mensagens historiográficas. Quem lê fica com a impressão de que o autor
não exclui a possibilidade de o mandato de Dilma Rousseff terminar mal.
Eis o que escreveu o ex-presidente do STF:
“1)
quem diria em maio de 1789 que aquele convescote estranho realizado em
Versalhes iria desembocar na terrível revolucão francesa?; 2)
em 15/11/1889, nem mesmo o general Deodoro da Fonseca tinha em mente
derrubar o regime imperial sob o qual o Brasil vivia.
Aconteceu; 3)
nem o mais radical bolchevique imaginaria lá pelos idos de 1914 que a
1ª guerra mundial facilitaria a queda do regime czarista da Rússia”.
Barbosa
arrematou: “Por que fiz esses três últimos posts sobre História? Porque
no Brasil pouca gente pensa nas ‘voltas’ e nas ‘peças’ que a história
dá e aplica.”
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